sábado, 31 de outubro de 2009

A profecia - Quando Kaká era Cacá

Do SPFCpedia.
Dá as mostras do porquê do São Paulo ser o soberano.

Nada é ao acaso: Cacá para o século XXI

O Estado de São Paulo, 18 de setembro de 1997.
Imagem presente em:
Revista São Paulo Notícias, #85, de 1997.

Sucesso não é oportunismo, não é acaso.

É planejamento, investimento, estrutura e desenvolvimento.

Tudo isto proveniente desde a criação da Escolinha de Futebol Vicente Feola, no Morumbi, em 25 de janeiro de 1975, passando pela construção do CCT Frederico Antônio Germano Menzen, na Barra Funda, em 09 de abril de 1988; pelas inaugurações do CCT de Cotia, ainda em fase de aluguel, em 29 de setembro de 1997 e do CCT Homero Bellintani, no Guarapiranga, em 13 de dezembro de 1997; como também pelo CCT Sportville, de Barueri, utilizado de 9 de setembro de 2002 à meados de 2005, quando deu lugar ao majestoso CFA Laudo Natel, de Cotia - cujas terras foram compradas em 27 de julho de 2004 -, inaugurado em 16 de julho de 2005.

E claro, falando somente dos grandes chamativos, já que cada pequeno detalhe influi, e muito, positivamente. Como se vê, abaixo:

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Israel nega acesso à água aos palestinos

Do vi o mundo.
É uma maldição. Depois de assistir Borat ontem, dá até vontade de transcrever algumas palavras dele com relação aos judeus. Mas como sempre generalizar é burrice, e o problema não é de raça, mas de capital, deixa estar.

Anistia: Israel nega acesso à água potável aos palestinos

Atualizado em 27 de outubro de 2009 às 12:50 | Publicado em 27 de outubro de 2009 às 12:14

da BBC Brasil

A organização de direitos humanos Anistia Internacional (AI) acusou o governo de Israel de negar aos palestinos o acesso livre à água potável, ao manter um controle total sobre os recursos hídricos compartilhados e seguir políticas discriminatórias.

Em um relatório divulgado nesta quarta-feira, a AI afirma que Israel restringe sem razão a disponibilidade de água nos territórios ocupados da Cisjordânia. No caso da Faixa de Gaza, o bloqueio israelense teria levado o sistema de fornecimento de água e esgoto a um “ponto crítico”.

No documento, de 112 páginas, a Anistia sugere que Israel utiliza mais de 80% da água procedente do Aquífero da Montanha, um aquífero subterrâneo partilhado com os palestinos, que, por sua vez, só têm acesso a 20% do total.

Segundo a organização, por essa razão, o consumo médio de água entre os palestinos é de 70 litros por dia, comparados com 300 litros entre os israelenses. A organização ressalta que há casos em que palestinos consomem apenas 20 litros de água por dia – a quantidade mínima recomendada em casos de emergências humanitárias.

Além disso, o documento sugere ainda que cerca de 180 mil palestinos que vivem em áreas rurais não têm acesso à água corrente e o Exército israelense proibiria com frequência a coleta de água da chuva. Em contraste, o relatório destaca que os israelenses que vivem na Cisjordânia possuem grandes fazendas de irrigação, jardins luxuosos e grandes piscinas.

"Israel só permite aos palestinos o acesso a uma parte dos recursos hídricos compartilhados, que se encontra em sua maioria na Cisjordânia ocupada, enquanto os assentamentos israelenses ilegais recebem praticamente provisão ilimitada", explica Donatela Rovera, investigadora sobre Israel da AI.

Governo

Segundo a organização, o governo de Israel proíbe que palestinos perfurem poços e ainda foi responsável pela destruição de cisternas e pelo fechamento de tanques de água.

“A água é uma necessidade básica e um direito, mas para muitos palestinos, obter quantidades baixas e de pouca qualidade apenas para a sobrevivência se tornou um luxo que eles mal conseguem pagar”, disse Rovera.

"Israel precisa encerrar essas políticas discriminatórias e imediatamente levantar as restrições que impõe ao acesso à agua entre os palestinos", afirmou a investigadora.

O governo de Israel nega as acusações feitas pela organização e afirmou que o relatório está incorreto.

De acordo com o porta-voz Mark Regev, os palestinos têm mais acesso à água do que o previsto no acordo de Oslo, da década de 90.

Regev acusa ainda os palestinos de não administrarem os recursos hídricos de maneira adequada e rejeitou que o governo tenha proibido a perfuração de poços.

Enquanto isso... Governo de Serrrrrrra joga livro no lixo

Enquanto o Cloaca News desmascara incansavelmente os contratos excusos do governo paulista com gráficas suspeitas, onde grande volume de papel é pago com preços astronômicos, encontrou-se hoje, como acusa o conversa afiada, um volume altíssimo de material didático jogados na lata de lixo. Literalmente.

Vejam os links.

Morar em apartamento - Vivendo em seu mundo

Essa vem do the classe media way of life, blog que conheci há pouco tempo e fiquei fã.
Acompanhe os outros 32 mandamentos.

dica 033 (parte 2) - Morar em apartamento

O modus vivendi de nossos herois médio-classistas, cuja característica mestra consiste no "morar em apartamento", contribuiu para a instituição de uma nova realidade urbana não apenas pela geração dos "filhos de apartamento". Uma outra esquisitice daí proveninente também mudaria de figura as nossas cidades: os empreendimentos imobiliários.

A evolução do "morar em apartamento" causou profundas mudanças na maneira como se constroi uma cidade. Se antigamente um edifício era projetado e implantado por um arquiteto, sobre uma malha urbana determinada por um urbanista, e colocado de pé por um engenheiro, atualmente a Classe Média só compra imóveis projetados por publicitários. O publicitário é uma figura de extrema relevância para a Classe. É algo como um guru. Sua função extrapola a mera tradução dos valores do médio-classista e sua consequente materialização em forma de produto, para na verdade formatar a preferência deste cidadão e impor-lhe tudo aquilo que ele deve gostar. Se você quer ser um médio-classista normal, terá que gostar dessa situação. Do contrário será convencido por um publicitário.

Com a cidade sendo construída pelos empreendimentos do Depto. de Marketing, o desenho urbano e as relações sociais vão tomando a cara da Classe Média. Todo prédio tem um nome, que quando não é o nome de um médio-classista falecido (com sobrenome italiano), é um estrangeirismo. Os idiomas preferenciais são o inglês, o francês e o próprio italiano. As excessões ocorrem quando o marqueteiro resolve batizar o prédio com o nome de um lugar que ele visitou. Publicitários só visitam o estrangeiro.

Tendo este meio de vida se instaurado e solidificado no seio da Classe Média o "filho de apartamento" passou a ser considerado uma espécie de instituição, de forma que os empreendimentos agora tentam redefinir as condições. Médio-classistas , hoje em dia, podem escolher morar em um empreendimento chamado Château De Douceur, onde estão disponíveis nas áreas comuns o "Espaço Kids", para os pequenos brincarem o dia inteiro, o "Espaço Teen", para os adolescentes, o "Garage Band", para os filhos terem o direito de serem rebeldes enquanto a empregada leva suco e biscoitos. Também há o "Woman's Space", para ficar vazio enquanto você frequenta o salão do momento. O "Espaço Gourmet" para dizer aos outros que você é refinado e cozinha por prazer, enquanto a empregada deixa tudo pré-pronto em segredo, e ainda lava as panelas. O "Fitness Center" para ficar vazio enquanto você paga uma academia perto do trabalho, e muitos outras salas com nomes estrangeiros. O objetivo disto, além de encarecer absurdamente o condomínio, é fornecer argumentos ao publicitário para que o tamanho dos apartamentos seja cada vez mais diminuto, no pressuposto de que ninguém ficará lá dentro com tantas atividades dando sopa no pilotis.

Por fim, neste novo jeito de morar, uma coisa é imprescindível: grades. O mundo lá fora é mau. A gente de bem está do lado de dentro. Por isso, no espaço urbano todas as características da Classe Média convergem para um único organismo, que é o "lado de dentro". Médio-classista evita sair na rua. Rua é pra pobre, é onde passa ônibus e onde estão os assaltantes. O médio-classista anda de garagem em garagem, da garagem de casa para a garagem do shopping, do trabalho, da academia. Sem contato nem com o ar do lado de fora. Filho de apartamento tem alergia a fumaça, poeira, plantas de verdade e pobre. Assim, a cidade da Classe Média é hoje um núcleo fortificado, à espera de um ataque bárbaro a qualquer momento. Para isso, métodos de segurança dos mais modernos foram desenvolvidos, como lanças e homens armados. Dizem que em São Paulo uma Construtora aguarda autorização do Ibama para construir um sistema de fosso com jacarés. Será o primeiro Eco-Security-Residence do Brasil.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Futebol - a situação dos 3 maiores do Brasil

Na série B o Ceará conseguiu abrir oito pontos para o quinto colocado e faltam apenas 2 vitórias em 6 jogos para confirmar a ascenção à primeira divisão, após longos 16 anos. Enquanto isso, o maior rival, Fortaleza, pena para fugir do rebaixamento para a terceira divisão.

Na luta pelo hepta e tetra consecutivo, o São Paulo segue sendo um dos grandes favoritos. Após um jogo incrível contra o Santos, o jason tricolor, aquele que nunca morre, está apenas 2 pontos atrás do líder Palmeiras. Parece que a marcação implacável da arbitragem e CBF frente a soberania sãopaulina tem dado ainda mais ânimo ao tricolor.

O Flamengo ressurge no campeonato com uma das melhores campanhas do segundo turno. A chegada de Petkovich, Maldonado e Álvaro deram uma qualidade ao rubro-negro que o faz despontar como um dos melhores times do Brasil. É também forte candidato ao título.

Dunas do cocó e a festa

Como já havia sido noticiado aqui, as dunas do cocó ganharam um respiro. Antes tarde do que nunca...
Do blog do dr. zem.

Movimento Salvem as Dunas do Cocó – Hora de comemorar.



Ontem, pela manhã, foi dia de comemorar mais uma vitória do movimento ambiental em Fortaleza. Ambientalistas, políticos e moradores da área festejaram, ao som de músicas relacionadas ao tema, a efetivação da Lei 9502 que tornou uma área do Parque do Cocó, em área de relevante interesse ecológico (ARIE).

O local do encontro foi o próprio parque, hoje, finalmente protegido. Foram distribuídos panfletos para divulgar a lei e agradecer o apoio da população ao projeto.

Realmente, foi preciso muita mobilização para vencer os interesses da especulação imobiliária, que queria destruir dunas milenares e a vegetação do local para implantação de um loteamento , localizado em uma extensa área verde, nas proximidades do Rio Cocó.

Como desdobramento dos acontecimentos foi criado o movimento “Salvem as Dunas do Cocó, composto por vários representantes da sociedade que alertou a população para os fortes impactos ambientais que fatalmente ocorreriam, caso o empreendimento fosse iniciado. O movimento deu uma verdadeira aula de cidadania e mostrou que a organização da sociedade é a solução para coibir os abusos ao meio ambiente.



Na foto vemos a obstinada advogada, Nayanna Goes , o Vereador João Alfredo, autor do projeto e o Secretário Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano Deodato Ramalho.

sábado, 24 de outubro de 2009

MST não está só! - abaixo assinado

Do abundacanalha.
Ajudem a minar o golpe contra o MST participando desse abaixo-assinado.
A sociedade agradece.
http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html

Em defesa do MST



Este blog não está sozinho em seus protestos. Nada menos que nomes dignos do maior respeito internacional assinam um belo e fundamentado manifesto em favor do MST. Já assinei a petição:

Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais

22 de outubro de 2009

As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo.

Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra.
Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos.

Bloquear a reforma agrária

Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola −¬ cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 − e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura, o foco do debate agrário desloca-se dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária.
Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira.

O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais como única alternativa para a agropecuária brasileira.

Concentração fundiária

A concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio.

Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no primeiro semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano.

Não violência

A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária.

É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira.

Contra a criminalização das lutas sociais

Convocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.

Ana Clara Ribeiro
Ana Esther Ceceña
Boaventura de Sousa Santos
Carlos Nelson Coutinho
Carlos Walter Porto-Gonçalves
Claudia Santiago
Claudia Korol
Ciro Correia
Chico Alencar
Chico de Oliveira
Daniel Bensaïd
Demian Bezerra de Melo
Fernando Vieira Velloso
Eduardo Galeano
Eleuterio Prado
Emir Sader
Gaudêncio Frigotto
Gilberto Maringoni
Gilcilene Barão
Heloisa Fernandes
Isabel Monal
István Mészáros
Ivana Jinkings
José Paulo Netto
Lucia Maria Wanderley Neves
Luis Acosta
Marcelo Badaró Mattos
Marcelo Freixo
Maria Orlanda Pinassi
Marilda Iamamoto
Maurício Vieira Martins
Mauro Luis Iasi
Michael Lowy
Otilia Fiori Arantes
Paulo Arantes
Paulo Nakatani
Plínio de Arruda Sampaio
Reinaldo A. Carcanholo
Ricardo Antunes
Ricardo Gilberto Lyrio Teixeira
Roberto Leher
Sara Granemann
Sergio Romagnolo
Virgínia Fontes
Vito Giannotti

Assine também:
http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Vídeo - Lula? Tá certo, você é foda!



Do pânico na TV

Com a palavra, Fidel - Nobel da Paz para Evo

Extraído do vi o mundo.
Como sempre, Fidel Castro foi genial em suas palavras e atitudes.
Delambuja, mostra que o Brasil tá muito distante de Venezuela, Cuba ou Bolívia, em termos de política social.

Fidel: Um Nobel para Evo

Atualizado em 17 de outubro de 2009 às 15:55 | Publicado em 17 de outubro de 2009 às 15:54

UM PRÊMIO NOBEL PARA EVO

por Fidel Castro
, na Agencia Cubana de Notícias

Se a Obama lhe foi outorgado o Prêmio por ganhar as eleições em uma sociedade racista, apesar de ser afro-americano, Evo é merecedor dele por ter ganho as eleições em seu país, apesar de ser indígena, e ainda cumprir o prometido.

Pela primeira vez em ambos os países um ou outro de sua etnia chega à Presidência.

Mais de uma vez chamei a atenção para o fato de que Obama era um homem inteligente, educado num sistema social e político no qual crê. Deseja estender os serviços de saúde a quase 50 milhões de norte-americanos, tirar a economia da profunda crise que padece e melhorar a imagem dos Estados Unidos, deteriorada pelas guerras criminosas e as torturas. Não imagina, nem deseja nem pode mudar o sistema político e econômico de seu país.

O Prêmio Nobel da Paz tem sido conferido a três Presidentes dos Estados Unidos, um ex-presidente e um candidato a Presidente.

O primeiro foi Theodore Roosevelt, eleito em 1901, dos Rough Riders (jóqueis duros), quem desembarcou em Cuba seus jóqueis, mas sem cavalos, no período da intervenção dos Estados Unidos em 1898 para impedir a independência de nossa Pátria.

O segundo foi Thomas Woodrow Wilson, que introduz os Estados Unidos na primeira guerra pela partilha do mundo. No Tratado de Versalhes impôs condições tão severas à vizinha Alemanha, que criou as bases para o nascimento do fascismo e o estalo da Segunda Guerra Mundial.

O terceiro é Barack Obama.

Carter foi o ex-presidente a quem vários anos depois de ter finalizado seu mandato lhe foi outorgado o Prêmio Nobel. Sem dúvidas, um dos poucos Presidentes desse país incapaz de ordenar o assassinato de um adversário, como fizeram outros; devolveu o Canal ao Panamá, criou o Escritório de Interesses em Havana, evitou cair em grandes déficits orçamentários e esbanjar o dinheiro em benefício do complexo militar industrial, como fez Reagan.

O candidato foi Al Gore, que tinha sido vice-presidente; o político norte-americano com maior conhecimento sobre as terríveis conseqüências da mudança climática. Mais para frente, quando foi eleito candidato à Presidência, foi vítima da fraude eleitoral e despojado da vitória, por W. Bush.

As opiniões sobre a entrega deste Prêmio têm sido muito divididas. Muitos partem de conceitos éticos ou refletem contradições evidentes na imprevista decisão.

Haveriam preferido esse Prêmio como fruto de uma tarefa realizada. Nem sempre o Prêmio Nobel da Paz foi entregue a pessoas merecedoras dessa distinção. Às vezes receberam-no pessoas ressentidas, auto-suficientes, ou pior ainda. Lech Walesa, ao conhecer a noticia exclamou com desprezo: “Quem, Obama? É muito rápido. Não tem tido o tempo suficiente para fazer alguma coisa”.

Em nossa imprensa e em CubaDebate, companheiros honestos e revolucionários foram críticos. Um deles salientou: “Na mesma semana em que foi outorgado o Prêmio Nobel da Paz a Obama, o Senado dos Estados Unidos aprovou o maior orçamento militar da história: 626 bilhões de dólares.” No Noticiário de Televisão, outro jornalista comentou: “O que fez Obama para merecer essa distinção?” Mais outros perguntaram: “E a guerra do Afeganistão e o incremento dos bombardeios?” São pontos de vista baseados nas realidades.

Desde Roma, o diretor de cinema Michael Moore pronunciou uma frase lapidária: “Parabens, presidente Obama, pelo Prêmio Nobel da Paz; agora, por favor, ganhe-o”.

Estou certo de que Obama concorda com a frase de Moore. Possui suficiente inteligência para compreender as circunstâncias que rodeiam o caso. Sabe que ainda não o ganhou esse Prêmio. Esse dia, de manhã, declarou: “Acho que não mereço acompanhar tantas personalidades transformadoras homenageadas com este Prêmio”.

Afirma-se que são cinco os membros do famoso comitê que outorga o Prêmio Nobel da Paz. Um porta-voz asseverou que foi por unanimidade. Corresponde fazer uma pergunta? O galardoado foi ou não consultado? Uma decisão dessa índole pode ser tomada sem antes a pessoa premiada ter sido advertida disso? Este não pode ser julgado moralmente de igual forma se conhecia ou não com antecedência a indicação para o Prêmio. O mesmo pode ser afirmado a respeito daqueles que decidiram premia-lo.

Talvez seja necessário criar o Prêmio Nobel da Transparência.

Por outro lado ninguém mencionou o nome de Evo.

É obvio que pela primeira vez na história da Bolívia, um autêntico indígena aimara exerce a presidência desse Estado, criado pelo Libertador Simon Bolívar depois da Batalha de Ayacucho, quando o último vice-rei da Espanha foi vencido pelo General Antonio José de Sucre.

A Bolívia possuía, então, 2 milhões 343 mil 769 quilômetros quadrados.

A sua população era integrada fundamentalmente pelos descendentes da civilização aimara-quíchua, cujos conhecimentos em diversas esferas assombram o mundo. Mais de uma vez tinham-se sublevado contra seus opressores.

Os oligarcas fratricidas e pró-imperialistas dos Estados vizinhos, apesar dos vínculos comuns de sangue e cultura, arrebataram à Bolívia 1 milhão 247 mil 284 quilômetros quadrados, mais da metade da superfície. É bem conhecido que ao longo dos séculos, o ouro, a prata e outros recursos da Bolívia eram extraídos pelos privilegiados donos de sua economia. Enormes jazidas de cobre, as maiores do mundo, e outros minérios lhe foram arrebatados depois da independência em uma das guerras promovidas pelos imperialistas britânicos e ianques.

Apesar disso a Bolívia conta com importantes jazidas de gás e de petróleo e possui, além disso, as maiores reservas conhecidas de lítio, minério muito necessário em nossa época para a armazenagem e uso da energia.

Evo Morales, camponês indígena muito pobre, transitou pelos Andes, juntamente com seu pai, antes de completar seis anos, pastoreando lhamas de um grupo indígena. Conduziam-nas durante 15 dias até o mercado onde as vendiam para adquirir os alimentos da comunidade. Respondendo a uma pergunta minha sobre aquela singular experiência, Evo me contou que durante a viagem “hospedava-se no hotel mil estrelas”, uma bela forma de fazer referência ao céu limpo da cordilheira onde por vezes são colocados os telescópios.

Naqueles duros anos de sua infância, a alternativa dos camponeses na comunidade onde nasceu, era o corte da cana-de-açúcar na província argentina de Jujuy, na qual às vezes uma parte da comunidade refugiava-se durante a safra.

Não muito longe de La Higuera, onde o Che, ferido e desarmado, foi assassinado no dia 9 de outubro de 1957, Evo, que tinha nascido no dia 26 desse mesmo mês no ano 1959, ainda não completara os 8 anos. Aprendeu a ler e a escrever em espanhol, caminhando até uma escolinha pública a cinco quilômetros da choça onde num rústico quarto viviam seus irmãos e seus pais.

Durante sua azarenta infância, onde quer que houvesse um professor, ali estava Evo. De sua raça adquiriu três princípios éticos: não mentir, não roubar, não ser débil.

Aos 13 anos o pai autorizou-o para que se mudasse para San Pedro de Oruro e estudar o bacharelado. Um de seus biógrafos conta que era melhor em Geografia, História e Filosofia do que em Física e Matemática. O mais importante é que Evo, para custear seus estudos, acordava às 02h00 para trabalhar como padeiro, construtor ou noutra atividade física. Freqüentava as aulas à tarde. Era admirado por seus companheiros os quais o ajudavam. Desde o primário aprendeu a tocar instrumentos de vento e foi trompete de uma prestigiosa banda de Oruro.

Ainda adolescente, organizou a equipe de futebol de sua comunidade, da qual foi o capitão.

O acesso à universidade não estava a seu alcance por ser indígena aimara e pobre.

Após ter concluído seu último ano de bacharelado, cumpriu o serviço militar e regressou a sua comunidade, localizada na altura da cordilheira. A pobreza e os desastres naturais obrigaram a sua família a emigrar para a zona subtropical de El Chapare, onde a mesma conseguiu obter um pequeno lote de terra. Seu pai morre em 1993 quando ele tinha 23 anos. Trabalhou duramente a terra, mas era um lutador nato, organizou todos os trabalhadores, criou sindicatos e com eles encheu vazios aos quais o Estado não prestava atenção.

As condições para uma revolução social na Bolívia foram criadas nos últimos 50 anos. No dia 9 de abril de 1952, antes do início de nossa luta armada, estalou a revolução nesse país com o Movimento Nacionalista Revolucionário de Victor Paz Estenssoro. Os mineiros revolucionários derrotaram as forças repressivas e o MNR tomou o poder.

Os objetivos revolucionários na Bolívia estavam longe de serem cumpridos. Em 1956, segundo as pessoas bem informadas, começou o declínio desse processo. Em 1 de janeiro de 1959 triunfa a Revolução em Cuba. Três anos depois, em janeiro de 1962, nossa Pátria foi expulsa da OEA. A Bolívia absteve-se. Mais tarde todos os governos, exceto o México, interromperam relações com Cuba.

As divisões do movimento revolucionário internacional fizeram-se sentir na Bolívia. Eram necessários ainda mais de 40 anos de bloqueio a Cuba, o neoliberalismo e suas desastrosas conseqüências, a Revolução Bolivariana na Venezuela e a ALBA; a Bolívia precisava de Evo e do MAS.

Seria longo sintetizar em poucas folhas sua rica história.

Apenas direi que Evo foi capaz de vencer terríveis e caluniosas campanhas do imperialismo, seus golpes de Estado e ingerência nos assuntos internos, defender a soberania da Bolívia e o direito de seu povo milenar a que sejam respeitadas seus costumes. “Coca não é cocaína”, disse ao maior produtor de maconha e o maior consumidor de drogas no mundo, cujo mercado tem sustentado o crime organizado que no México e custa anualmente milhares de vidas. Os maiores produtores de drogas do planeta são dois dos países onde estão as tropas ianques e suas bases militares.

Na armadilha mortal do comércio de drogas não caem a Bolívia, a Venezuela e o Equador, países revolucionários que, igual a Cuba, são membros da ALBA, sabem o que podem e devem fazer para levar a saúde, a educação e o bem-estar a seus povos. Não precisam de tropas estrangeiras para combater o narcotráfico.

A Bolívia leva adiante um programa de sonho sob a direção de um Presidente aimara que conta com o apoio do povo.

Em menos de três anos erradicou o analfabetismo: 824 mil 101 bolivianos aprenderam a ler e a escrever; 24 mil 699 fizeram-no em aimara e 13 mil 599 em quíchua; é o terceiro país livre de analfabetismo, depois de Cuba e da Venezuela.

Presta atendimento médico gratuito a milhões de pessoas que jamais o tinham recebido; é um dos sete países do mundo que nos últimos cinco anos conseguiu reduzir mais a mortalidade infantil, com possibilidades de cumprir as Metas do Milênio antes de 2015, e em uma proporção similar às mortes maternas; operou da visão 454 mil 161 pessoas, delas 75 mil 974 brasileiros, argentinos, peruanos e paraguaios.

Na Bolívia foi estabelecido um ambicioso programa social: todas as crianças das escolas públicas da primeira à oitava série, recebem uma doação anual para sufragar o material escolar que beneficia a quase dois milhões de alunos.

Mais de 700 mil pessoas maiores de 60 anos recebem um bônus equivalente a 342 dólares anuais.

Todas as mulheres grávidas e as crianças menores de dois anos recebem uma ajuda de aproximadamente 257 dólares.

Na Bolívia, um dos três países mais pobres do hemisfério, o Estado controla os principais recursos energéticos e minerais do país, respeitando e compensando cada um dos interesses afetados. Marcha com cuidado porque não deseja retroceder um passo. Suas reservas em divisas vão crescendo. Evo dispõe de não menos de três vezes mais do que dispunha ao início de seu governo. É dos países que melhor fazem uso da cooperação externa e defende com firmeza o meio ambiente.

Em muito pouco tempo se conseguiu estabelecer o Padrão Eleitoral Biométrico e já estão registrados aproximadamente 4,8 milhões de eleitores, quase um milhão mais do que o último padrão eleitoral, que em janeiro de 2009 totalizava os 3,8 milhões.

Em 6 de dezembro serão as eleições. Com certeza o apoio do povo a seu Presidente aumentará. Nada tem podido deter seu crescente prestígio e popularidade.

Por que não lhe é conferido o Prêmio Nobel da Paz?

Entendo sua grande desvantagem: ele não é presidente dos Estados Unidos,

Fidel Castro Ruz

Outubro 15 de 2009
4h25

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O que é o PiG?

É o Partido da Imprensa Golpista.
Perguntem ao wikipedia.

aqui.

Venezuela deve entrar para o Mercosul

Do vi o mundo.
Venezuela pode entrar em breve no Mercosul. Fica o questionamento do porquê dessa demora... alguém tem dúvida?

A adesão da Venezuela ao Mercosul

Governo intensifica articulações para garantir adesão da Venezuela ao Mercosul

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil


Brasília - A dez dias da votação do parecer, na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que vai definir a adesão da Venezuela ao Mercosul, o governo federal intensificou as articulações para garantir a aprovação do relatório paralelo que assegura a participação dos venezuelanos no bloco regional. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com apoio dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Ideli Salvatti (PT-SC) e Aloizio Mercadante (PT-SP), comanda o movimento para assegurar a presença dos governistas e seus votos favoráveis ao país vizinho no próximo dia 29.

Na tentativa de garantir apoio, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou antecipadamente seu voto em separado (parecer alternativo) ao relatório do senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) - o tucano é contrário à participação da Venezuela no bloco do Cone Sul. Paralelamente, Jucá trabalha para que o tema seja votado no plenário do Senado até o final de novembro.

A sessão de votação no Senado deve ser tensa e repleta de debates. Dos 19 senadores titulares, pelo menos dez são apontados como votos favoráveis à adesão da Venezuela ao Mercosul. Uma das estratégias para garantir a vitória à integração dos venezuelanos ao bloco é substituir aqueles que são contrários à proposta, como o senador João Ribeiro (PR-TO). Se ele mantiver a tendência de veto à Venezuela, a idéia é substituir Ribeiro por um integrante do bloco PT-PR-PSB-PCdoB-PRB.

Há dúvidas também envolvendo alguns senadores da oposição, como Efraim Moraes (DEM-PB), Marco Maciel (DEM-PE) e Heráclito Fortes (DEM-PI)). Eles evitam manifestações públicas sobre o assunto, embora a tendência seja a de que votem a favor da aprovação do relatório de Tasso, rejeitando a participação da Venezuela. O senador Fernando Collor (PTB/AL) deve votar com a oposição, já o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), votará se houver empate.

No parecer alternativo, Jucá rebate os principais pontos do relatório de Tasso. Ao contrário do tucano, ele se baseia nos aspectos econômicos, em vez dos políticos. Segundo o líder do governo no Senado, não há conhecimento sobre o sentido real que se apresenta a democracia venezuelana. De acordo com Jucá, a integração do país vizinho deve considerar além do governo do presidente Hugo Chávez.

“Alguns argumentam que o Brasil não deveria permitir que Hugo Chávez ingresse no Mercosul e perturbe o funcionamento do bloco. Outros questionam se o atual regime político da Venezuela é compatível com o compromisso democrático do Mercosul. Quem está aderindo não é o atual governo venezuelano, mas sim a Venezuela, país vizinho com o qual o Brasil sempre manteve boas relações, hoje profundamente adensadas”, afirmou ele, no relatório.

Jucá reiterou que as relações econômicas entre Brasil e Venezuela são intensas e com propensão a aumentar ainda mais, reduzindo os problemas no setor energético e estimular o corredor de exportação para o Caribe. “A integração com a Venezuela permitiria o equacionamento das necessidades energéticas do Brasil, facilitaria o desenvolvimento da região amazônica, e criaria um corredor de exportação para o Caribe. Sob a ótica da Venezuela, a integração com o Brasil ensejaria a diversificação da sua estrutura produtiva, diminuindo a sua dependência econômica das exportações de petróleo e de parceiros tradicionais”, disse ele.


Edição: João Carlos Rodrigues

Vale - só vale estatizando...

Texto de Brizola Neto, extraído do vi omundo.
A Vale anunciou um pocotão de investimentos no Brasil, coisa que ela dizia fazer nas centenas de propagandas, mas na verdade nada era feito.
A verdade é que a vale tá com medo de ser estatizada e Lula vem pressionando a Vale desde a demissão em massa feito pela empresa no começo da crise (marolinha).

Presidente da Vale ficou "bonzinho"?

Atualizado e Publicado em 20 de outubro de 2009 às 12:00

Por sugestão do leitor Milton Hayek

terça-feira, 20 outubro, 2009 às 9:41

do blog do deputado Brizola Neto (PDT-RJ)

O Sr. Roger Agnelli, que só tem "relação afetiva" com o Bradesco, acha que alguém vai se iludir com seu " arrependimento"?

Esta madrugada, quando escrevi o post anterior, ainda não tinha todas as informações. Mas, como há uma enorme quantidade de pessoas indignadas com o que a Vale, dirigida pelo Bradesco, está fazendo, os detalhes acabam aparecendo. Recebi, logo cedo, várias informações que confirmam o título da matéria de hoje da edição impressa de O Globo: “Vale mostra a Lula projetos que já tinha”.

Pois é isso mesmo, o tal “novo” plano de investimentos da Vale é apenas a retomada dos planos anteriores -- que a empresa não cumpriu -- e para os quais recebeu dinheiro público, a juros subsidiados, através do BNDES e -- prestem atenção -- do qual já embolsou boa parte, sem que os projetos tenham avançado na mesma proporção.

Vamos aos fatos.

Além de todos os financiamentos que já possuia -- estou apurando o total e informarei a vocês -- a Vale teve aprovada, em abril do ano passado, uma linha de crédito especial no BNDES. Foram colocados à disposição da empresa nada menos que R$ 7,3 bilhões, o maior valor já oferecido a uma empresa “privada” pelo Banco. Paraque vocês tenham uma idéia, para oferecer R$ 20 bilhões à cadeia produtiva do pré-sal, o Tesouro teve que lançar R$ 20 bilhões em títulos públicos para aportar ao BNDES. À Vale, portanto, ofereceu-se -- em dinheiro novo -- mais de um terço do que há para o pré-sal.

Em dezembro de 2008,o uso de parte desta linha de crédito foi solicitado e aprovado: R$ 1,2 bilhão para investimentos no Pará e R$ 2,6 bilhões para aplicar no Espírito Santo. Neste último, para fazer uma siderúrgica em associação com a chinesa Baostell, da qual ambas as empresas desistiram em janeiro de 2009. Com a crise e a retração do mercado de aço, botaram a culpa nas exigências ambientais.

Acontece que, até o mês passado, a Vale já tinha pego, do dinheiro aprovado, quase de um terço: R$ 1,2 bilhão. Ora, para quê, se tinha desistido da siderúrgica? Pegou todo o dinheiro do projeto do Pará? Cadê a obra?

A Vale se entupiu de dinheiro, ano passado, com uma oferta pública de ações. R$ 19 bilhões, no total. O BNDES entrou com R$ 2 bi deste total, para não perder posição acionária na companhia. A Previ, idem, embora eu ainda não tenha o valor exato. Pela proporção dela na composição acionária, se exerceu todo o seu direito de opção, pode chegar a R$ 4 bilhões.

E isso vai ficar assim? Basta o Sr. Roger Agnelli -- que trabalhou 20 anos para o Bradesco e diz que foi para a direção da Vale no dia em que saiu, por pura “meritocracia” e uma “relação afetiva” com o banco -- prometer que vai ser “bonzinho” e dizer que agora vai fazer o que dizia que ia fazer antes e que lhe valeu pegar dinheiro público?

Estes contratos precisam vir à tona. Os compromissos que a Vale assumiu -- e não cumpriu -- para tomar dinheiro público precisam ser esclarecidos.

A CPI da Vale é uma necessidade. O Brasil precisa saber o que o Bradesco, com sua “relação afetiva” com o presidente da Vale está fazendo com o minério de ferro brasileiro -- propriedade constitucional da União -- e com o dinheiro público do BNDES. Agora, “arrependido”, o Sr. Agnelli pode mandar pegar o resto do crédito lá. E os investimentos? Bom, ano que vem ele anuncia de novo, quando Lula estiver saindo e não puder mais fazer a pressão que fez agora.

Plano Condor Vermelho - Cassação Paulista

Do professor hariovaldo.
Sobre a cassação dos canalhas de São Paulo. Claro, ao estilo cômico do seguidor de São Serapião.

Tribunal chavista cassa representantes dos homens de bem em São Paulo.

Mais injustiças da era Lula: nobres edís perseguidos pelos tribunais da esquerda raivosa

Mais injustiças da era Lula: nobres edís perseguidos pelos

tribunais da esquerda raivosa

Uma bomba: um tribunal de exceção chavolullista, em claro flagrante de violações dos direitos mais básicos de nossa Democracia cristã e ocidental cassou o mandato de dezenas de vereadores dos homens bons, sob a acusação destes terem feito campanha eleitoral com “doações ilegais” . O que são “doações ilegais” no entendimento deste tribunal de Salem bolchevista? Recursos doados pelo mercado imobiliário.

Vejam que disparate, caros prosélitos: as empresas do mercado imobiliário paulistano, cuja atuação impecável traz grandes benefícios à pujante metrópole [ criando empregos, valorizando bairros, queimando favelas, evacuando áreas e mandando pobres e remediado para longe dos melhores locais que há na cidade, criando bolsões de riqueza para gente de nossa estirpe e pagando algum imposto ] não podem contribuir com um candidato que mais se aproxime dos anseios dos representantes de tão nobre atividade econômica!

A lista dos nobres edis, perseguidos pela sanha ideológica destes agentes marxistas, não deixa dúvidas sobre o caráter partidário eleitoreiro das cassações:

Adilson Amadeu (PTB), Adolfo Quintas Neto (PSDB), Carlos Alberto Apolinário (DEM), Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB), Cláudio Roberto Barbosa de Souza (PSDB), Dalton Silvano do Amaral (PSDB), Domingos Odone Dissei (DEM), Gilson Almeida Barreto (PSDB), Marta Freire da Costa (DEM), Paulo Sérgio Abou Anni (PV), Ricardo Teixeira (PSDB), Ushitaro Kamia (DEM) e Wadih Mutran (PP).

Oras, pergunto: onde estão os petralhas? Por quê apenas os representantes das pessoas de bem foram excluídos?

Como é que um juiz que se preze deixe fora das acusações os membros da maior organização criminosa e ideológica deste país, quando se sabe que a petralhada financia suas campanhas eleitorais com dinheiros do mensallão, das FARCs, dos dóllares de Cuba, da cueca, do Foro de São Paulo e da taxa do llixo?

Nós, homens bons, ultrajados e horrorizados diante deste acinte, exigimos a restituição dos cidadãos injustamente perseguidos, e lamentamos mais esta ação persecutória ideológica contra a Democracia paulistana.

Por São Serapião!

Charge - engavetaram o impeachment

Do blog do Kayser.
Yeda, Cruzes! Escapou?

Saramago - Verdades sobre a Bíblia

Da AFP.
A bíblia é um "manual de maus costumes".
Genial sua análise. Queria um dia assistir a uma palestra desse cara.
Saramago lançou seu novo livro, Caim.

Saramago volta a atacar a Bíblia e seu Deus

2 horas, 53 minutos atrás

LISBOA, Portugal (AFP) - O escritor português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura em 1998, voltou a arremeter contra a Bíblia nesta quarta-feira, criticando sua "violência" e seu Deus, "que é uma pessoa ruim", reavivando a polêmica levantada por seus comentários por ocasião do lançamento de seu novo livro, "Caim".

O romancista português, conhecido por suas posições de esquerda e seu gosto pela provocação, disse no domingo que a Bíblia é um "manual de maus costumes". Seu mais recente livro conta, com bastante ironia, a história de Caim, filho de Adão e Eva que matou o irmão Abel.

Suas declarações irritaram membros da Igreja Católica, que o acusou de ter ofendido os católicos e de fazer uma "operação publicitária".

O Prêmio Nobel, no entanto, voltou a falar nesta quarta-feira.

"O Deus da Bíblia é vingativo, rancoroso, má pessoa e não é confiável", declarou Saramago, de 86 anos.

"Na Bíblia há crueldade, incestos, violência de todo tipo, carnificinas. Isso não pode ser desmentido; mas bastou que eu o dissesse para suscitar esta polêmica", ressaltou.

"Há incompreensões, já sabemos que sim, resistências, também sabemos que sim, ódios antigos", disse Saramago, durante uma entrevista coletiva perto de Lisboa.

"Sou uma pessoa que gera anticorpos em muita gente, mas não ligo. Continuo fazendo meu trabalho".

E voltou suas baterias contra a Igreja.

"O que eles querem e não conseguem é colocar ao lado de cada leitor da Bíblia um teólogo que diga à pessoa que aquilo não é assim, que é preciso fazer uma interpretação simbólica, e a isto chamam exegese", estimou.

Mas, continuou, "o direito de refletir sobre isso é de todos nós", e denunciou "a intolerância das religiões organizadas".

"Às vezes dizem que sou valente. Talvez seja valente porque hoje não há Inquisição. Se houvesse, talvez não teria escrito este livro. Me apóio na liberdade de expressão para poder escrever", ponderou o escritor, que diz estar preparando um novo livro para o ano que vem sobre um tema completamente diferente.

"Espero que não seja tão polêmico. Não ando atrás das polêmicas. Tenho convicções e as expresso", concluiu o autor de "Ensaio sobre a cegueira.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Limpeza da casa - Corrupção em São Paulo

Da Agência Estado.
Impressionante é ver o partido dos cassados. Coincidência serem quase todos demotucanalhas?

TRE cassa 1/4 da Câmara de Vereadores de São Paulo

Seg, 19 Out, 03h16

O juiz eleitoral Aloísio Sérgio Rezende Silveira cassou e tornou inelegíveis por três anos um suplente e 13 vereadores da Câmara Municipal de São Paulo que receberam, nas eleições de 2008, doações da Associação Imobiliária Brasileira (AIB). A entidade que diz representar os interesses do setor imobiliário ganhou notoriedade no último pleito por figurar entre os maiores financiadoras de campanha - foram R$ 2,94 milhões apenas a 26 candidatos vitoriosos da capital. Uma investigação do Ministério Público Estadual (MPE), contudo, apontou que a AIB seria um braço do Secovi (sindicato das imobiliárias e administradoras). A decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) saiu no dia 14 mas só foi publicada hoje no 'Diário Oficial do Estado de São Paulo'.

Em 2008, somando as doações aos candidatos derrotados e àqueles que concorreram em outras cidades - 44 políticos no total -, A AIB doou um montante que chega a R$ 4,43 milhões. Como a Lei Eleitoral (9.504/97) limita a doação das entidades a 2% de sua receita no ano anterior, a AIB teria de ter arrecadado no mínimo R$ 325 milhões em 2007, se for levado em consideração os valores doados em 2008. Segundo o MPE, a entidade não mostrou ter essa capacidade financeira.

A entidade não tem funcionários registrados e a sede, na Avenida Brigadeiro Luís Antonio, é um escritório fechado, sem expediente de trabalho. Dois anos antes, em 2006, a AIB já havia caído na malha fina da Receita Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por doações irregulares.

Entre os cassados, estão Carlos Bezerra Júnior, o líder da maior bancada da Casa, o PSDB, com 13 vereadores, o principal parlamentar ligado ao setor dos transportes, Ricardo Teixeira, o corregedor da Câmara, Wadih Mutran (PP), o vice-presidente da Casa, Dalton Silvano (PSDB), e o principal representante dos evangélicos e ex-presidente da Assembleia, Carlos Apolinário (DEM). A Câmara tem 55 vereadores.

Segue a lista dos cassados:

Domingos Dissei (DEM)

Marcus Vinícius de Almeida Ferreira, suplente

Marta Costa (DEM)

Carlos Apolinário (DEM)

Adilson Amadeu (PTB)

Gilson Barreto (PSDB)

Dalton Silvano (PSDB)

Adolfo Quintas (PSDB)

Abou Anni (PV)

Ricardo Teixeira (PSDB)

Wadih Mutran (PP)

Ushitaro Kamia (DEM)

Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB)

Claudinho (PSDB)

Foram absolvidos:

Antonio Goulart (PMDB)

Noemi Nonato (DEM)

Floriano Pesaro (PSDB)

Toninho Paiva (PR)

domingo, 18 de outubro de 2009

Diário de São Paulo é da Traffic

Dos amigos do presidente lula.
Confesso que a traffic me dá medo.
Em suma, da Globo para a Traffic... dá no mesmo.

Globo vende jornal "Diário de S.Paulo" para Traffic

Único jornal do grupo Globo em São Paulo, "Diário" havia sido comprado por cerca de R$ 200 milhões em 2001 do ex-governador Quércia


As Organizações Globo decidiram vender o "Diário de S.Paulo", quinto maior jornal em circulação no Estado de São Paulo, para o empresário José Hawilla, dono da Rede Bom Dia de jornais do interior de São Paulo e da Traffic, empresa de marketing esportivo. O valor do negócio não foi revelado.

Fundado em 1884, o então "Diário Popular" foi comprado em 2001 pelo grupo Globo do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia por cerca de R$ 200 milhões. Único título do grupo carioca em São Paulo, a proposta era concorrer no Estado tanto com os jornais populares quanto com os de circulação nacional. Para isso, decidiu-se remover o "Popular" e mudar o nome para "Diário de S.Paulo".

Além dos jornais e da Traffic, J. Hawilla, como é conhecido, é dono da TV TEM, afiliada da Rede Globo em São José do Rio Preto, Bauru, Itapetininga e Sorocaba. O empresário iniciou a carreira como jornalista esportivo e se tornou chefe de Esportes da TV Globo antes de se voltar para o marketing esportivo. Passou a ser o grande intermediador da transmissão de jogos pelas televisões.

Tinha acordo com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) na década de 1990 pelo qual recebia percentual em todos os contratos de transmissão de jogos. Hoje, compra e vende direitos de jogadores de futebol que empresta a clubes. Só com jogadores movimentou dois fundos de R$ 40 milhões.Em nota à equipe do "Diário", o diretor-geral da Infoglobo, Paulo Novis, disse que a Traffic pretende usar o "Diário" na "expansão territorial e ampliação da relevância" da rede no mercado paulista. "

Charge do Bira - inveja mata

Indústria da Multa - Quixadá

Do dr. zem.
A bodega questiona se não há um esquema desses aqui em Fortaleza. O que vocês acham?

Denúncia de Indústria da Multa em Quixadá.

Só faltava essa! Em Quixadá, cidade localizada no sertão central do Ceará, o Diretor do Departamento de Trânsito Municipal está sendo acusado de estipular cota de multas para os agentes de trânsito daquela cidade, pior, os agentes dizem ter sido informados que teriam seus salários descontados, caso não atingissem a meta de pelo menos quinze multas.

O caso está tendo forte repercussão na imprensa cearense. De acordo com a reportagem de um grande jornal de Fortaleza, um dos agentes denunciou que teve um desconto de R$ 180,00 no seu contracheque.

Para aumentar ainda mais a dor de cabeça do prefeito da cidade, o médico Rômulo Carneiro, a matéria do jornal informa ter ouvido uma gravação, feita em um telefone celular por um dos agentes. Pelos diálogos, a meta de multas estabelecidas seria o dobro, 30. Na conversa entre os agentes e o diretor do DMT, fica claro o desconto no salário do servidor. Quem fizer somente 14 multas, perderá a gratificação.

O prefeito Rômulo Carneiro disse que afastará o subordinado por 15 dias para instauração da sindicância, mas considerou grave a estratégia utilizada pelos agentes de trânsito para levar o problema ao conhecimento público e soltou esta pérola: "Já imaginou se a cada encontro de um Juiz com seus auxiliares, algum deles gravasse tudo e divulgasse. Com certeza seria uma transgressão gravíssima".

Jogos na TV podem começar mais cedo - Globo treme

Artigo do Juca Kfouri extraído do blog o texto é grande mas é bom.
Na contramão disso tudo, a rede globo quer mudar os pontos corridos para o velho mata-mata. Nesse embate, só os usuários não são ouvidos.

Sinal dos tempos

Será que finalmente o bom senso se abateu sobre o todo poderoso presidente da CBF, ou trata-se apenas uma manobra para demonstração de poder? Espero que seja algo além de bravatas e mais bravatas...

Do blog do Juca Kfouri, de novo, no UOL.

Viva! Quem diria?

No "ESTADÃO" deste sábado

CBF quer mudar horário de jogos

Ricardo Teixeira afirma que pretende iniciar partidas às 20 horas na Série A de 2010
Almir Leite, Sílvio Barsetti, RIO
Com o prestígio em alta, trânsito livre no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, cortejado por ministros, governadores e prefeitos, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira, está disposto a enfrentar uma de suas maiores aliadas nos últimos anos, a TV Globo. Em entrevista na sede da CBF, na quinta-feira, o dirigente deixou clara a intenção de antecipar para as 20 horas o início de jogos de meio de semana do Brasileiro de 2010.

Atualmente, em geral, partidas de maior importância começam às 21h50, nas quartas-feiras, para agradar à emissora. Teixeira vai além e propõe que eventual mudança no calendário seja analisada de forma "séria e detalhada". Ele se diz favorável à adaptação ao calendário europeu e defende o sistema de pontos corridos, desde 2003 usado no torneio nacional.

"Como presidente da CBF não posso só ficar preocupado com índice (de audiência) de TV. Tenho de ficar preocupado com o torcedor no estádio também. Não adianta fazer jogo com estádio vazio", disse Teixeira, presidente da entidade desde 1989 e que, portanto, teve 20 anos para fazer mudanças.

A relação da CBF com a emissora vive momento de crise. Ambos os lados negociam a renovação do contrato para a transmissão dos jogos da seleção e uma das hipóteses que o Estado apurou é a de que a CBF faça acordos pontuais - por exemplo, um jogo por vez. A Rede Globo, por meio de sua assessoria, informou que vai seguir a decisão da CBF. A emissora também se limitou a adiantar que estudará a sugestão de adaptação do futebol local ao calendário europeu.

Na entrevista, também concedida aos jornais Folha de S. Paulo e O Globo, Teixeira abordou vários temas, muitos relacionados a Dunga e aos Mundiais de 2010 e 2014. E foi enfático ao dizer que pode substituir cidade que não cumprir o estabelecido com a Fifa no momento de escolha para ser uma das 12 sedes da Copa de 2014.

"Não adianta discutir por etapa. Quer discutir, vamos discutir calendário, implementação do calendário europeu, vamos analisar o horário dos jogos. Estamos fazendo testes na Série B, com excelentes resultados. Quem sabe a gente não modifica o horário dos jogos? Pelo menos no meio de semana tem de ser estudado. Se vamos discutir, vamos discutir o todo. Os argumentos que usam contra os pontos corridos, dou 80 mil argumentos a favor. Estamos com 290 jogos, público médio de 17 mil pessoas - isso é média de Campeonato Francês -, com tendência de crescer mais ainda. Como presidente da CBF não posso só ficar preocupado com índice de TV. Tenho de ficar preocupado com o torcedor no estádio também. Não adianta fazer jogo para estádio vazio (Mas quem paga a conta não é a TV?, o presidente é indagado). Há um exagero. Não se pode dizer que Nike, Ambev, Vivo e Gillette pagam a conta da CBF. Não pagam. Elas trocam com a CBF. A CBF entrega a elas uma seleção brasileira vencedora para associar a marca deles, e eles nos pagam por isso. Isso é um negócio, é uma troca ..."

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Guerra na internet - Eleições 2010

Do conversa afiada.
Estão prevendo uma verdadeira guerra nas eleições de 2010. Uma guerra na internet.
Sites e blogs de direita e esquerda estão se armando para essa guerra. Como arma temos a verdade e a qualidade. Os adversários tem a falácia, o dinheiro e o apoio da grande mídia.
Quem vence?

“O PiG (*) que se cuide: blogueiros independentes discutem os rumos da mídia”

14/outubro/2009 8:50

Reprodução logos

O Anti-PiG

Blogueiros discutem os rumos da mídia

IESB e Escola Livre de Jornalismo reúnem alguns dos principais nomes da blogosfera brasileira para debater o papel da imprensa no século 21

Cinco dos principais nomes da blogosfera independente brasileira estarão em Brasília, entre os dias 26 e 30 de outubro, para discutir com estudantes de comunicação e profissionais da imprensa o papel das novas mídias. À frente de blogs campeões de audiência, Paulo Henrique Amorim, Luís Nassif, Luiz Carlos Azenha, Rodrigo Vianna e Marco Weissheimer vão conversar sobre a importância das novas mídias.

Esse time de primeira linha vem promovendo, na internet, um amplo debate sobre a qualidade da informação oferecida pelas mídias tradicionais, servindo como paradigma na mediação entre público e notícia. Os cinco jornalistas foram convidados a falar da internet como alternativa de informação para o público, o novo mundo das redes sociais, a crise da mídia corporativa e o exercício da cidadania online.

O ciclo de palestras será gratuito e realizado no auditório principal do IESB, no Campus Edson Machado, na Asa Sul, em Brasília, das 19h às 21h30, e é uma iniciativa da própria instituição, uma das mais respeitadas da capital federal, em conjunto com a Escola Livre de Jornalismo. O objetivo é estimular estudantes de comunicação e jornalistas a debater os rumos da chamada grande imprensa e a conhecer o pensamento crítico de alguns dos principais nomes da blogosfera independente.

Juntos, esses cinco blogueiros formam uma espécie de consciência crítica da chamada mídia nacional. Segundo o jornalista Paulo Henrique Amorim, responsável pelo site Conversa Afiada, o grupo é a “Armata Brancaleone” da blogosfera brasileira, uma definição bem humorada, mas que revela o poder de influência que exercem sobre parcela significativa dos formadores de opinião no Brasil.

“Eles são uma das principais redes informais de blogs independentes, cuja missão primordial tem sido a de ser o ‘grilo falante’ da mídia tradicional corporativa, até então um poder hegemônico”, afirma o jornalista Leandro Fortes, repórter da revista CartaCapital e um dos fundadores da Escola Livre de Jornalismo, ao lado do jornalista Olímpio Cruz Neto, entidade voltada à formação de novos profissionais da imprensa. Junto com o IESB, a Escola Livre de Jornalismo é responsável pela organização do ciclo de palestras. “Unir esses jornalistas é uma oportunidade histórica para aqueles que querem falar sobre os rumos da comunicação social brasileira”, afirma Olímpio Cruz Neto.

Os cinco jornalistas convidados vêm sendo requisitados a participar de palestras e debates, Brasil afora, para falar sobre a função crítica emergente dos blogs. O papel desses novos meios tem modificado as relações entre público e mídia no país e forçado os veículos de comunicação a se adaptarem aos novos tempos. Afinal, agora, leitores atuam não apenas como consumidores de notícias, mas fiscais da imprensa, interagindo com editores e jornalistas em tempo real.

Quem são os palestrantes

o 26/10 – Paulo Henrique Amorim – Jornalista com mais de 30 anos de experiência, mantém o blog Conversa Afiada, um ambiente de fluxo constante de textos entrecortados de crítica e informação. Dono de uma verve sarcástica e bem humorada, Amorim tornou-se uma referência de acompanhamento e vigilância dos erros e das manipulações da mídia, além de tratar com grande propriedade das mazelas gerais do cotidiano brasileiro. Atualmente, trabalha na Rede Record de Televisão, mas teve passagens pela Rede Globo, Rede Bandeirantes, UOL, Veja e Jornal do Brasil.

o 27/10 – Luís Nassif – Pioneiro no mundo do jornalismo eletrônico, foi um dos primeiros profissionais da imprensa brasileira a compreender a dimensão e a força da internet como meio realmente democrático de comunicação. Há dois anos, lançou-se, em seu Blog do Nassif, em uma guerra solitária ao escrever uma série de análises jornalísticas sobre a revista Veja, da Editora Abril, obra ainda em progresso. Essa iniciativa serviu para popularizar o espaço dos blogs como ambiente de discussão, crítica e fiscalização da mídia brasileira. Jornalista econômico respeitado, Nassif tem mais de 30 anos de profissão e é criador e editor-chefe da Agência Dinheiro Vivo e comentarista da TV Brasil. Antes, foi colunista e membro do conselho editorial do jornal Folha de S.Paulo, tendo iniciado a carreira na revista Veja.

o 28/10 – Luiz Carlos Azenha – Veterano no uso da internet como ferramenta de comunicação desde os tempos em que era correspondente da TV Globo nos Estados Unidos, Azenha mantém está à frente de um dos blogs mais ecléticos da blogosfera brasileira, o Vi o Mundo. Trata-se de um espaço permanente de debates e idéias, com formato e dinâmica de uma revista eletrônica, permeado por artigos, reportagens e vídeos. O blog vem tratando de temas relevantes, como campanhas de prevenção a Aids e análises de conjuntura política e social. Azenha tem sido um crítico incansável do mau jornalismo praticado, em grande escala, por parte da mídia brasileira. Atualmente, é repórter da Rede Record e documentarista independente.

o 29/10 – Rodrigo Vianna – O blog de Vianna, Escrevinhador, tornou-se uma voz ativa e analítica da realidade e do jornalismo brasileiro. Repórter por excelência, é dono de um texto irônico e, em muitos aspectos, divertido, cuidadosamente montado a partir de idéias e informações. Vianna faz da crítica midiática uma missão do blog. Atualmente, é repórter da Rede Record de Televisão, depois de longa experiência na TV Globo.

o 30/10 – Marco Weissheimer – Foi graças ao blog de Marco Weissheimer, o RS Urgente, que o cidadão do Rio Grande do Sul pode sair da escuridão midiática na qual tem sido mantido, ao longo de três décadas, por conta da hegemonia de um só grupo de comunicação social, a mandar em praticamente em todos os veículos jornalísticos do estado. Foi o blog de Weissheimer que primeiro deu visibilidade e, posteriormente, conseqüência às denúncias de corrupção que envolvem, no Rio Grande do Sul, a governadora Yeda Crusius. Por causa disso, o RS Urgente virou referência crítica e noticiosa imprescindível no Sul, sobretudo para os jornalistas gaúchos.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Pintura de areia - Segunda Guerra

O amigo Ricardo Goyanna enviou-me por twitter:
"Pintura de areia" representando a ocupação da Ucrânia pelas tropas alemãs na Segunda Grande Guerra: http://migre.me/98eD

Sensacional! Vai pro arquivo.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Imprensa golpista se estrebucha

A imprensa golpista está aterrorizada com os novos tempos da política mundial.

Na Argentina o Clarín deve pensar duas vezes antes de tentar fazer política, no lugar de jornalismo.

Parecido acontece nos EUA, onde a casa branca afirma que a fox news mente.

Excelente.

Vejam aqui, aqui e aqui, pra ficarmos apenas no vi o mundo.

Aos que odeiam o MST

Extraído do abundacanalha.
Simplesmente excelente. Resume bem o que é o MST e como ele é tratado pela imprensa golpista.

Ótimos achados

Duas descobertas interessantes. O blog Boimate News, feito por blogueiros jornalistas de primeira, que me levou a conhecer o blog do cineasta e também jornalista Mauricio Caleiro, autor do texto que mais me comoveu sobre o episódio MST x laranjas da Cutrale. Reproduzo aqui por achar ser algo que tudo acrescenta sobre o que este blog vem falando:

MST e laranjas

O MST é detestado por todos: da direita ruralista à esquerda chavista, passando por tucanos, petistas, psolentos, verdes, azuis e amarelos. Mesmo os que fingem apoiar o MST o detestam.

Isso porque há uma antipatia ancestral e inata contra o MST, esse arquétipo de nosso inconsciente coletivo, esse cancro irremovível que insiste em nos lembrar, mesmo nos períodos de bonança, que fomos o último país do mundo a abolir a escravidão e continuamos sendo uma porcaria de nação que jamais fez a reforma agrária.
O MST é o espelho que reflete o que não queremos ver.

Há duas questões, na vida nacional, que contradizem qualquer discurso político da boca pra fora e revelam qual é, mesmo, de verdade, a tendência ideologica de cada um de nós, brasileiros: a violência urbana e o MST. Diante deles, aqueles que até ontem pareciam ser os mais democráticos e politicamente esclarecidos passam a defender que se toque fogo nas favelas, que se mate de vez esse bando de baderneiros do campo, PORRA, CARAJO, MIERDA, MALDITOS DIREITOS HUMANOS!

O MST nos faz atentar para o fato de que em cada um de nós há um Esteban de A Casa dos Espíritos; há o ditador, cuja existência atravessa os séculos, de que nos fala Gabriel García Márquez em O Outono do Patriarca; há os traços irremovíveis de nossa patriarcalidade latinoamericana, que indistingue sexo, raça, faixa etária ou classe social:

O MST é o negro amarrado no tronco, que chicoteamos com prazer e volúpia.

O MST é Canudos redivivo e atomizado em pleno século XXI.

O MST é a Geni da música do Chico Buarque - boa pra apanhar, feita pra cuspir – com a diferença de que, para frustração de nossa maledicência, jamais se deita com o comandante do zeppelin gigante.

E, acima de tudo, O MST é um assassino de laranjas!

E ainda que as laranjas fossem transgênicas, corporativas, grilheiras, estivessem podres, com fungos, corrimento, caspa e mau hálito, eles têm de pagar pela chacina cítrica! Chega de impunidade! Como o João Dória Jr., cansei!

Jornalismo pungente

Afinal, foi tudo registrado em imagens – e imagens, como sabemos, não mentem. Estas, por sua vez, foram exibidas numa reportagem pungente do Jornal Nacional - mais um grande momento da mídia brasileira -, merecedora, no mínimo, do prêmio Pulitzer. Categoria: manipulação jornalística. Fátima Bernardes fez aquela cara de dominatrix indignada; seu marido soergueu uma das sobrancelhas por sob a mecha branca e, além dos litros de secreção vaginal a inundar calcinhas em pleno sofá da sala, o gesto trouxe à tona a verdade inextricável: os “agentes“ do MST são um bando de bárbaros.

(Para quem não viu a reportagem, informo,a bem da verdade, que ela cumpriu à risca as regras do bom jornalismo: após uns dez minutos de imagens e depoimentos acusando o MST, Fátima leu, com cara de quem comeu jiló com banana verde, uma nota de 10 segundos do MST. Isso se chama, em globalês, ouvir o outro lado.)

Desde então, setores da própria esquerda cobram do MST sensatez, inteligência, que não dirija seu exército nuclear assassino contra os pobres pés de laranja indefesos justo agora, que os ruralistas tentam instalar, pela 3ª vez, como se as leis fossem uma questão de tanto bate até que fura, uma CPI contra o movimento (afinal, é preciso investigar porque o governo “dá” R$155 milhões a “entidades ligadas ao MST”, mesmo que ninguém nunca venha a público esclarecer como obteve tal informação, como chegou a esse número, que entidades são essas nem qual o grau de sua ligação com o MST: O Incra, por exemplo, está nessa lista como ligado ao MST?).

A insensatez dos miseráveis

Ora, o MST é um movimento social nascido da miséria, da necessidade e do desespero. Eles estão em plena luta contra uma estrutura agrária arcaica e concentradora. Não se pode esperar sensatez de movimentos sociais da base da pirâmide social, que lutam por um direito básico do ser humano. Pelo contrário: é justamente a insensatez, a ousadia, a coragem de desafiar convenções que faz do MST um dos únicos movimentos sociais de fato transgressores na história brasileira. Pois quem só protesta de acordo com os termos determinados pelo Poder não está protestando de fato, mas sendo manipulado. Se os perigosos agentes vermelhos do MST tivessem sensatez, vestiriam um terno e iriam para o Congresso fazer conchavos, não ficariam duelando com moinhos de vento, digo, pés de laranja.

Mas é justamente por isso que o MST incomoda a tantos: ele, ao contrário de nós, ousa desafiar as convenções: ele é o membro rebelde de nossa sociedade que transgride o tabu e destroi o totem. Portanto, para restituição da ordem capitalista/patriarcal e para aplacar nossa inveja reprimida, ele tem de ser punido. Ele é o outro. Quantos de nós já se perguntaram como é viver sob lonas e gravetos – em condições piores do que nas piores favelas -, à beira das estradas, em lugares ermos e remotos, sujeito a ataques noturnos repentinos dos tanto que os detestam? Quantos já permaneceram num acampamento do MST por mais do que um dia, observando o que comem (e, sobretudo, o que deixam de comer), o que lhes falta, como são suas condições de vida?

Poucos, muito poucos, não é mesmo? Até porque nem a sobrancelha erótica do Bonner nem o olhar-chicote da Fátima jamais se interessaram pelo desespero das mães procurando, aos gritos, pelos filhos enquanto o acampamento arde em fogo às 3 da madrugada, nem pelas crianças de 3,4 anos que amanhecem coberta de hematomas dos chutes desferidos pelos jagunços invasores, ao lado do corpo de seus pais, assassinados covardemente pelas costas e cujo sangue avermelha o rio.

Para estes, resta, desde sempre, a mesma cova ancestral, com palmos medidas, como a parte que lhes cabe neste latifúndio.

Para a mídia, pés de laranja valem mais do que a vida humana, quero dizer, a vida subumana de um miserável que cometeu a ousadia suprema de lutar para reverter sua situação.

Mas os bárbaros, claro está, são o MST.

Por isso, haja o que houver, o MST é o culpado.

Violência e abuso na UFC

Na sexta-feira última, a Universidade Federal do Ceará foi palco da mais aterrorizante cena de truculência e barbárie, quando um aluno do curso de arquitetura foi violentamente agredido por uma dezena de seguranças daquela universidade (uns terceirizados).

O fato foi presenciado por alunos e professores do curso de arquitetura, inclusive o chefe do departamento, que ao tentar conter a ira dos brutamontes foi presenteado com um safanão. Sem condição de acabar com o espancamento, os ali presentes inteligentemente documentaram com fotos o acontecimento.

Após a sova, o aluno, que apanhou sem reagir, foi levado à polícia federal, acusado de agressão.

Para esclarecer, o princípio da confusão ocorreu após uma série de reclamações de abusos feitos por parte do segurança terceirizado do curso de arquitetura. Os relatos contam casos de abuso de poder e humilhação aos funcionários que naquela instituição trabalham há décadas. Tudo culminou em uma discussão acalourada entre um aluno e o dito segurança, onde acabaram brigando. Ao perder a luta, o segurança chamou seus amigos e o desfecho foi só transgressão à constituição e aos direitos humanos.

A bodega pede justiça.

Para ver a nota da ufc sobre o caso, vá aqui.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

João Alfredo e Luizianne protegem o Cocó

Do blog do Eliomar.
Finalmente a lei foi sancionada.
As Dunas do Cocó parecem ter se libertado da especulação imobiliária.
Antes tarde do que nunca...

Prefeita sanciona lei de João Alfredo que cria área de proteção no Cocó

lizianneee

A prefeita Luizianne Lins (PT) sancionou, nesta quarta-feira, sem festa e em seu gabinete d trabalho, o projeto de lei intitulado “Dunas do Cocó”, que cria a Área de Relevância e Interesse Ecológico(Arie) no trecho que vai da avenida Sebastião de Abreu até a Cidade dos Funcionários.

O ato discreto da prefeita tem um motivo: o projeto é de autoria do vereador João Alfredo (PSol), seu ex-companheiro de PT e uma das poucas vozes de oposição à gestão municipal. Mesmo assim, ao sancionar, a prefeita agiu com espírito de cidadania.

Com a sanção, esse pedaço de dunas do Cocó ficará livre da especulação imobiliária, no que se espera a fiscalização constante por parte do setor público e da população.

DETALHE – Luizianne sancionou a matéria no último dia do prazo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Enquanto isso... Petrobras

A Petrobras entrou para as 40 melhores empresas do mundo, na lista da "BusinessWeek".

É a única brasileira nesse posto, ocupando a vigésima segunda posição.

E pensar que FHC queria vendê-la aos gringos por dar despesa, assim como fez com a Vale do Rio Doce, e ainda mudar seu nome para Petrobrax...

Com a palavra, o MST - resposta

Extraído dos Amigos do Presidente Lula.
Eles não escutam o MST, mas felizmente existe a internet pra nos trazer a verdade.

Nota do MST


A globo não ouve o outro lado. Só divulga a versão dos poderosos.A globo torce, retorce e desinforma!

Esclarecimento sobre a ocupação do MST em Iaras (SP), enviado ao blog

Sucocítrico Cutrale usa terras griladas em São Paulo

Cerca de 250 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) permanecem acampadas desde a semana passada (28/09), na fazenda Capim, que abrange os municípios de Iaras, Lençóis Paulista e Borebi, região central do Estado de São Paulo. A área possui mais de 2,7 mil hectares, utilizadas ilegalmente pela Sucocítrico Cutrale para a monocultura de laranja, que demonstra o aumento da concentração de terras no país, como apontou o censo agropecuário do IBGE.

A área da fazenda Capim faz parte do chamado Núcleo Monções, um complexo de 30 mil hectares divididos em várias fazendas e de posse legal da União. É nessa região que está localizada a fazenda da Cutrale, e onde estão localizadas cerca de 10 mil hectares de terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas, além de 15 mil hectares de terras improdutivas.

A ocupação tem como objetivo denunciar que a empresa está sediada em terras do governo federal, ou seja, são terras da União utilizadas de forma irregular pela produtora de sucos. Além disso, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já teria se manifestado em relação ao conhecimento de que as terras são realmente da União, de acordo com representantes dos Sem Terra em Iaras.

Como forma de legitimar a grilagem, a Cutrale realizou irregularmente o plantio de laranja em terras da União. A produtividade da área não pode esconder que a Cutrale grilou terras públicas, que estão sendo utilizadas de forma ilegal, sendo que, neste caso, a laranja é o símbolo da irregularidade. A derrubada dos pés de laranja pretende questionar a grilagem de terras públicas, uma prática comum feita por grandes empresas monocultoras em terras brasileiras como a Aracruz (ES), Stora Enzo (RS) entre outras. Nossa ação não é contra as laranjas, mas contra a Cutrale. Infelizmente, as influencias da empresa na imprensa nacional, manipulou o protesto dos ocupantes, para esconder a verdadeira situaçao. A mesma imprensa esqueceu de comentar que usando os metodos mais escusos possiveis a CUTRALE se transformou numa empresa que monopoliza todo comercio de laranjas do estado de são paulo. E que superexplora os agricultores dela dependentes.

O local já foi ocupado diversas vezes, no intuito de denunciar a ação ilegal de grilagem da Cutrale. Além da utilização indevida das terras, a empresa está sendo investigada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo pela formação de cartel no ramo da produção de sucos, prejudicando assim os pequenos produtores. A Cutrale também já foi autuada inúmeras vezes por causar impactos ao ecossistema, poluindo o meio ambiente ao despejar esgoto sem tratamento em diversos rios. No entanto, nenhuma atitude foi tomada em relação a esta questão.

Há um pedido de reintegração de posse, no entanto as famílias deverão permanecer na fazenda até que seja marcada uma reunião com o superintendente do Incra, assim exigindo que as terras griladas sejam destinadas para a Reforma Agrária. Com isso, cerca de 400 famílias acampadas seriam assentadas na região. Há hoje, em todo o estado de São Paulo, 1.600 famílias acampadas lutando pela terra. No Brasil, são 90 mil famílias.

Direção Estadual do MST-SP

Igor Felippe Santos
Assessoria de Comunicação do MST
Secretaria Nacional - SP
Tel/fax: (11) 3361-3866
Correio - imprensa@mst.org.br
Página - www.mst.org.br

Imprensa golpista ataca MST novamente

Do abundacanalha.
Aposto que a maioria viu e se horrorizou com a cena, amplamente divulgada na imprensa golpista, de tratores do MST derrubando pés de laranjeira de meio metro de altura.

Óbvio que para a imprensa golpista era mais interessante fazer-nos pensar que se tratavam de árvores enormes de 10 metros de copa.

Mais interessante ainda pra eles é não ouvir o que o MST tem a dizer e tampouco de que área se fazia a cena. Área estatal é claro, portanto a invasão não é do MST.

O crime é o latifúndio.

O vandalismo é do latifúndio


No Jornal Nacional a imagem de um trator derrubando uma plantação de laranjas no interior paulista. É o fantasma do MST. Vândalos, grita a mídia. Desrespeito à propriedade privada, repercute no Congresso a bancada ruralista, que pede mais uma vez a CPI do MST.

Não fornece a mídia algumas informações que ajudariam a entender o fato. E há motivo para ela esconder. Vejamos abaixo:

1) A fazenda Santo Henrique, ocupada recentemente pelo MST, tem um antigo litígio com a União. Reproduzo notícia do STJ de 28/01/2008, com um destaque meu para comentário em seguida:

A empresa Sucocítrico Cutrale Ltda., de São Paulo, pode continuar ocupando a Fazenda Santo Henrique, em Araraquara, pelo menos até o julgamento do mérito da ação reivindicatória movida pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) para imissão na posse. O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Francisco Peçanha Martins, no exercício da presidência, negou o pedido do Incra para suspender a decisão favorável à empresa.

Na ação, com pedido de tutela antecipada, o Incra afirmou que em 1919 a União adquiriu área de aproximadamente 50.000 hectares de terras particulares para promover um projeto de colonização no interior do Estado de São Paulo, visando garantir o desenvolvimento da região com a fixação de colonos imigrantes europeus. Segundo alegou, apenas partes das terras foram transferidas aos cidadãos destinatários por meio de alienação, ficando muitas em poder da União, como o caso da propriedade ocupada pela empresa.

Em primeira instância, a tutela foi indeferida pelo juiz da 1ª Vara Federal de Ourinhos. O Incra, interpôs, então, agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo no Tribunal Regional Federal da 3ª Região. O desembargador relator deferiu o pedido para permitir a imissão. A Sucocítrico, no entanto, entrou com pedido de reconsideração, e o desembargador reformou a decisão, revigorando a decisão de primeira instância.

Inconformado, o Incra apresentou pedido de suspensão de liminar e de sentença no STJ, com base nos artigos 4º da Lei n. 8.437/92 e 25 da Lei n. 8.038/90. Sustentou que a União é a proprietária do imóvel, não podendo o registro da suposta aquisição, a posse antiga e a produtividade do bem se oporem ao poder público.Afirmou, ainda, que não subsistem os argumentos de emancipação do Núcleo Colonial Monções.

Para o Incra, a decisão ofende a ordem e segurança públicas. “Os movimentos sociais, utilizando-se de seu direito de manifestação (....), poderão vir, eventualmente, a ocupar indevidamente o imóvel em questão ou até mesmo outros, como forma de pressão, e nesse processo, vir a causar danos materiais, bem com à sua incolumidade física ou de outrem”, asseverou. Alegou, ainda, que a implementação da reforma agrária sofrerá uma paralisação na região do imóvel reivindicado, haja vista a demanda por terras para esse fim no local.

A decisão foi mantida. Ao negar o pedido de suspensão, o vice-presidente, ministro Peçanha Martins, observou que o Incra não demonstrou concretamente o potencial lesivo da decisão e a existência de violação da ordem e segurança públicas. “Demais disso, consta dos autos que o interessado ocupa a área reivindicada há mais de dez anos, não se vislumbrando, assim, risco de dano irreparável à União, pelo que se mostra razoável a manutenção do ‘status quo’ até que se ultime o julgamento da ação reivindicatória”, concluiu.
Processos: SLS 806


Como se vê, há quase dois anos era esperado que os movimentos sociais poderiam ocupar a fazenda como forma de pressão. Justifica o ministro Peçanha Martins, em sua decisão, que a empresa ocupa a área há mais de dez anos. Porém, algo deve ser lembrado, que contradiz tal afirmação. Vamos ao segundo ponto;

2) No livro “Movimento camponês rebelde”, de Carlos Alberto Feliciano, na página 134 começa um minucioso histórico das ocupações de terra na região do Núcleo Colonial Monção, região de 48 mil hectares, compreendida entre a região dos municípios de Iaras e Borebi, em São Paulo, onde fica a fazenda Santo Henrique. As terras foram adquiridas pela União entre os anos de 1910 e 1914 com o propósito de servir a um projeto de colonização com migrantes europeus. Como o projeto não vingou, nos anos sessenta a União passou toda a gleba para o governo estadual com o propósito de servir a um projeto de reflorestamento, o que também não foi à frente, ficando apenas uma pequena parte com esse propósito, tendo a Eucatex e a Duratex abocanhado 60% da área. O restante, foi tomado por políticos locais. Data de 1995 as primeiras ocupações do movimento camponês na região. Vários núcleos foram criados, o que contradiz a informação de Peçanha Martins. A posse da terra há mais de dez anos é contestada na região.

3) Para entender o motivo real que leva o Jornal Nacional a voltar-se agora contra o MST não é simplesmente o ato de justa rebeldia de famílias de camponeses que derrubaram alguns pés de laranja para plantar feijão. O motivo está na jornada do MST de agosto último, que levou o presidente Lula a anunciar a decisão de atualizar os índices de produtividade rural, algo previsto em lei, e que nunca foi cumprido. Os números atuais que determinam a produtividade no campo são de 1975. Foi o que bastou para se articular uma furiosa campanha nacional que envolve a bancada ruralista, a mídia (sempre ela), e os direitistas de plantão.

Sugiro a leitura do post “Cruzada midiática contra reforma agrária”, de Altamiro Borges. Nele, a reprodução de uma claríssima nota da Comissão Pastoral da Terra (CPT), assinada por seu presidente, Dom Ladislau Biernaski.

O livro “Movimento camponês rebelde”, de Carlos Alberto Feliciano, pode ser lido no Google Books.

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Ps: O post “O barão do suco de laranja e a reforma agrária”, de Cristóvão Feil, no Diário Gauche, recupera ótimas informações para entendermos quem é José Luís Cutrale, dono de 30% do mercado global de suco de laranja. Comparativamente, ele tem participação no mercado assemelhada a da Opep em relação ao petróleo. E levanta a informação, divulgada hoje na grande mídia, que a empresa injetou R$ 2 milhões em variadas campanhas de congressistas. Será que o ministro Guilherme Cassel vai atrasar o processo de reforma agrária assim, a troco de algumas dúzias de laranjas?