segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Imprensa divulga restaurante canibal em Rondônia

Do opera mundi.
Esse é o nível médio da nossa imprensa.

A mídia é o grande prato do restaurante canibal

O trabalho eficaz de dois jornalistas, Pedro Aguiar e Laisa Beatris, profissionais da redação de Opera Mundi, trouxe ontem (26/08) a público caso vergonhoso de colonialismo cultural e abuso da boa-fé dos leitores. A história, que pode ser lida no artigo “Mídia internacional ignora indícios de fraude e publica notícia sobre restaurante canibal”, revela o estado de indigência que afeta parte da imprensa mundial.

Tudo começou quando um político alemão denunciou, ao diário sensacionalista Bild, a existência de restaurante brasileiro, chamado Flimé, no estado de Rondônia, que oferecia carne humana e estaria planejando abrir filial em Berlim. O vereador Michael Braun, dirigente local da União Cristão-Democrática, alegando ter recebido informação de eleitores, protestou contra as intenções do famigerado estabelecimento.

A origem primária das denúncias, logo se soube, estaria em vídeo e página divulgados pela internet. Os autores, provavelmente de nacionalidade portuguesa, talvez na intenção de se vingar das piadas contra seus patrícios, resolveram armar pegadinha contra os brasileiros. No jargão da rede, chama-se essa informação forjada de hoax.

O mais incrível é que a existência do restaurante canibal imediatamente se espalhou entre diversas agências e veículos do planeta. O inglês The Guardian, a espanhola Efe, a italiana Ansa, a alemã Der Spiegel e o português Expresso estão entre as publicações que caíram no engodo. Também comprou gato por lebre a brasileira Folha.com. A reportagem de Opera Mundi provou que não há canibalismo nem restaurante algum.

Aparentemente nenhuma das redações enroladas pelo conto dos portugueses se deu ao trabalho de apurar história tão escabrosa. O restaurante não foi checado. Não se analisou com rigor a gravação que circulou no You Tube. A página web que anunciava as estranhas iguarias tampouco recebeu o devido escrutínio.

Não é a primeira vez que importantes meios de comunicação metem o pé na jaca. A revista Veja, em abril de 1983, publicou matéria anunciando a fusão da carne de boi com o tomate, depois de cair em uma brincadeira da revista inglesa New Science, preparada para celebrar o dia da mentira. O caso Boimate, como é conhecido, entrou para a mitologia jornalística como a maior “barriga” (notícia inverídica) de todos os tempos. O affair Flimé tem grandes chances de roubar-lhe o lugar no pódio.

O problema não é apenas a preguiça dos jornalistas que deram ares de verdade à denúncia fajuta. A substituição da informação pelo espetáculo, de fato, tem poder tóxico sobre a inteligência da imprensa e contamina sua disposição de pegar no batente. Mas, é evidente, nesta situação também jogou peso decisivo a arrogância colonial dos brancos de olhos azuis. Canibalismo no Brasil? Terceiro Mundo? Terra de índios, negros e mulatos? Pau na máquina, que se não for verdadeiro, ao menos está bem contado.

A barrigada, que deveria provocar indignação da mídia brasileira e resposta à altura do governo, porque difama a imagem internacional do país, diz muito a respeito de como funcionam os monopólios mundiais da comunicação. Seus donos e operadores, de tão imbuídos do papel de vanguarda cultural do colonialismo, não perdem sequer uma história da carochinha para demonstrar a suposta primazia civilizatória das nações ricas sobre os povos do sul.

 

*Breno Altman é jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi


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Saramago - O progresso para minorias

Dos cadernos de Saramago.

Apenas uma minoria

Por Fundação José Saramago
Deveríamos pensar que cada conquista do progresso não pode ir contra as vidas humanas. Não há muitos anos falava-se do progresso científico e moral. Dizia-se que havia que desenvolver um sem deixar o outro para trás. Não sei muito bem o que se entende por progresso moral. Mas se lhe chamássemos respeito humano, talvez pudéssemos resolver o problema que o progresso científico nos coloca. O progresso beneficia apenas uma minoria.
“Escritores ante el III milenio (I)”. José Saramago: ‘El progreso beneficiará sólo a una minoría”, El Mundo, Madrid, 3 de Janeiro de 2000

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Com a palavra, Andres Sanchez - copa de 2014

O presidente do curíntia falou em uma feira em São Paulo sobre suas atribuições como presidente:
“A primeira é não deixar ter jogo da Copa do Mundo no Morumbi."

O jabá com Ricardo Teixeira durante a copa o deixou meio desvirtuado.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vídeo da sexta - supremacia acreana

Me adiantando algumas horas para postar que no Acre também há movimentos separatistas. Felizmente apenas de brincadeirinha, né.

Telebras anuncia as 100 cidades que terão internet rápida ainda em 2010

Da Agência Brasil.
As teles tremem...
Veja o mapa das áreas beneficiadas:
 Telebras anuncia as 100 cidades que terão banda larga mais barata

Telebras anuncia as 100 cidades que terão internet rápida ainda em 2010

Lisiane Wandscheer
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Telebras, Rogério Santana, anunciou hoje (26), no encerramento do Fórum Brasil Conectado, a relação das cem cidades que terão acesso à internet rápida até o final de 2010. No total, nesta primeira fase, serão atingidas mais de 14 milhões de pessoas.
O valor cobrado pelo uso da internet rápida será de R$ 35 ao mes, com a possibilidade de haver redução (se houver redução de impostos). A velocidade mínima disponível será de 512 kbps. Segundo Rogério Santana a previsão para 2011 é de que mais 1.063 cidades serão atendidas e até o final de 2014 o processo será concluído em todo o país.

Entre os critérios para a definição das cidades estão a existência de redes de fibra ótica, a proximidade de até 50 km com os POPs (pontos de presença), municípios com menor densidade de banda larga e com menor Indice de Desenvolvimento Humano (IDH), áreas urbanas pobres e densamente povoadas, além de áreas rurais e regiões remotas.
São
as seguintes as 100 primeiras cidades (mostradas por estado, em ordem
alfabética) que serão cobertas pelo Plano Nacional de Banda Larga
(PNBL):
Alagoas: Arapiraca, Messias, Palmeira dos Índios, Joaquim Gomes, Pilar e Rio Largo;
Bahia:
Feira de Santana, Itabuna, Camaçari, Governador Mangabeira, Eunápolis,
Governador Lomanto, Muritiba e Presidente Tancredo Neves;
Ceará: Sobral, São Gonçalo do Amarante, Quixadá, Barreira, Maranguape e Russas;
Espírito Santo: Cariacica, Domingos Martins, Conceição da Barra, Piúma, São Mateus, Vila Velha e Itapemirim;
Goiás: Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade, Águas Lindas de Goiás, Alexânia
e Itumbiara;
Maranhão: Imperatriz, Paço do Lumiar, Presidente Dutra, Porto Franco, Grajaú e Barra do Corda;
Minas Gerais: Barbacena, Juiz de Fora, Conselheiro Lafaiete, Ibirité, Sabará, Uberaba, Ribeirão das Neves e Santa Luzia;
Paraíba: Campina Grande, Campo de Santana, Araruna, Riachão, Dona Inês, Bananeiras e Duas Estradas;
Pernambuco: Carpina, Tracunhaém, Nazaré da Mata, Paudalho, Limoeiro e Aliança;
Piauí: Piripiri, Campo Maior, José de Freitas, Piracuruca, Batalha e São João da Fronteira;
Rio de Janeiro: Angra dos Reis, Nova Iguaçú, São Gonçalo, Piraí, Mesquita, Rio das Flores,
Duque de Caxias e Casimiro de Abreu;
Rio Grande do Norte: Santa Cruz, Nova Cruz, Passa e Fica, Parnamirim, Lagoa d''Anta, Extremoz e Açu;
Sergipe: Nossa Senhora da Glória, Barra dos Coqueiros, Laranjeiras, Japaratuba, São Cristóvão e Carira;
São Paulo: Campinas, Guarulhos, Pedreira, Serrana, Conchal, Embu e São Carlos;
Tocantins: Gurupi, Araguaina, Guaraí, Paraíso do Tocantins, Wanderlândia e Porto Nacional.


A matéria foi ampliada//Edição: Antonio Arrais

Vídeo - Discurso histórico de Lula

Dos amigos do presidente Lula.

Lula, em discurso histórico, arrasou a imprensa e a elite demo-tucana




Lula fez um discurso histórico em Mato Grosso do Sul, mostrando as vitórias:
- sobre o preconceito;
- sobre a imprensa golpista;
- sobre Octávio Frias Filho, da Folha de São Paulo;
- da consciência sobre a opressão da elite;
- sobre a submissão demo-tucana frente aos estrangeiros;
- do aprendizado com consciência sobre o mero adestramento do pensamento colonizado, muitas vezes feito em pomposas universidades estrangeiras;

Sobretudo, mostrou a vitória da inteligência sobre a força bruta do poder conservador.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Porque não mataram Getúlio

Do tijolaço.

Porque não mataram Getúlio

A essa hora da manhã, 56 anos atrás,  as ruas já estavam cheias de uma multidão atônita, em pânico, em lágrimas.
O estampido do pequeno revólver que disparara a bala fatal no coração de Getúlio Vargas ecoava como se fosse um poderosíssimo canhão, um grunhido de dor que enchia os subúrbios da cidade, tomava corpo e, em pernas, em caminhões, em trens e em ônibus, começava fluir, em ondas, para as praças.
E a dor e a raiva, tão sempre companheiras, se misturaram numa comoção coletiva e em atos de inconformismo, queimando os jornais que detratavam o velho, empresas estrangeiras. O então jovem gaúcho Paulo José, o grande ator, conta que a multidão, em Porto Alegre, saiu “depredando tudo que tivesse nome americano: o Consulado, as Lojas Americanas, até a American Boite…”
Nem eu nem você vivemos estas cenas. Elas e perderam no tempo e sobrevivem apenas em velhos e riscados filmes em preto e branco, como o que reproduzo aí em cima, (espere um pouquinho, daqui a pouco a edição fica pronta e eu publico)com uma regravação, por Zé Ramalho, do genial “Ele disse”, composto por Jackson do Pandeiro sobre a carta testamento de Getúlio ainda ali, no terremoto da tragédia.
Mas será que é mesmo assim? Será que comoas velhas fotos  de família que parecem nos retratar como já não somos mais, na aparência, não se guardam ali as raízes do que fomos e somos e que irrigam nossos sonhos e desejos.
O Vargas dos direitos trabalhistas, do petróleo, da exploração soberana dos nossos recursos naturais, dos bairros operários, dos Iapis, que entoava o seu “trabalhadores do Brasil” ao discursar, para mostrar que falava ao povo, essencialmente, e não às elites deste país é uma destas raízes.
Formou-se e tomou corpo absorvendo a seiva das lutas sociais da primeira metade do século 20 e cresceu em direção à luz do sonho de uma soberania nacional, um desenvolvimento autônomo que, como o sol, não importa que o quão longe esteja, nos alimenta com sua força vital.
Ah, quantos machados e quantas serras tentaram cortar esta raiz. A ditadura e seus porões e seus exílios. Depois, os professores de finos modos e feroz crueldade, como Fernando Henrique e, como ele, outros tantos que, filhos de Vargas, desejaram tomar daquele pequeno revólver e disparar não contra seu peito, mas contra o que dentro dele havia: o desejo de um Brasil soberano, livre, forte, dono de suas riquezas e habitado por  uma gente que reunia todas as diferenças de pele, voz, secas, águas, campos, praias, frios calores, mas que se igualava naquela expressão que os chamava à consciência de que éramos um povo e um povo valoroso:
“Trabalhadores do Brasil”.
Se Vargas estava morto,o que mais queriam matar?
Era isso, meus amigos, era isso.
Os que vieram de Vargas, na primeira geração, Jango e Brizola, receberam um anátema. Eram malditos. Foi preciso bani-los, para o exílio, para a morte ou para o desterro político do “ultrapassado, populista, demagogo”. Não houve poucos, que, com a arrogância dos que acham que, antes deles, nada havia, repetiram o que vinha das vozes oficiais, fixando seus olhos nas origens e nos defeitos dos homens, sem serem capazes de entender que ali não estavam apenas homens de carne e osso, mas personagens da história.
Mas o processo social é caprichoso. Ao tomar posse, depois de uma estrondosa eleição popular, Getúlio saudo o povo trabalhador dizendo: “Hoje, estais com o Governo, amanhã, sereis Governo”.
Pois não é que um operário de carne e osso – bem verdade que, por tempos, tutelado como ícone por um grupo de intelectuais onde não faltavam os elitistas,  que torcia o nariz ao nome de Getúlio, chegou ao Governo. Lá, lá, ao seu jeito e nas suas circunstâncias, entendeu o que foi o velho, ao ponto de repetir seu gesto sujando a mão de petróleo, de praticar uma política de valorização do salário-mínimo que e muito mais forte do que aquele discurso de “conquista da categoria organizada” e de entender que modernização do país e crescimento econômico só podem existir, de verdade, quando há ascensão do nosso povão.
Em um artigo que li, do professor Emir Sader, ele pergunta:
- Como isso foi possível, depois de 21 anos de ditadura militar e de mais de uma década de governos neoliberais? Qual o fio condutor que articula o movimento popular brasileiro desde suas origens contemporâneas, na Revolução de 30, passando por estas oito décadas de acontecimentos tão significativos – progressivos e regressivos – até chegar ao complexo período que vivemos?
Foi, professor, o fio da História, aquele que é tecido por gente e por fatos, por sonhos, por conquistas e derrotas, em que cada ponto se apóia e firma no ponto anterior, e no anterior, e no anterior,até estarmos todos seguindo uma linha que podemos nem mesmo saber onde começa, mas que serpenteia inexoravelmente em uma direção, como um rio procura o mar.
PS. Hoje, às 15 horas, quando fizermos uma pequena homenagem a Getúlio, em seu busto, na Cinelândia, preparei uma surpresa, uma cena que vai parecer uma brincadeira a alguns. Não me importo. A memória de Vargas é para ser lembrada com alegria, não com lágrimas. Porque a melhor homenagem que ele poderia desejar está expressa na sua própria letra, às portas do gesto heróico de 24 de agosto de 1956: que o povo de quem ele foi escravo, um dia, não mais seja escravo de ninguém.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Maluf, procurado na interpol, não é ficha limpa

do Conversa Afiada.

Protógenes tenta impedir candidatura de Maluf


Na foto, o deputado federal mais votado em São Paulo

O ínclito delegado Protógenes Queiroz (que por duas vezes prendeu o passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas) estará na primeira fila do julgamento da candidatura de Paulo Maluf a deputado federal, por São Paulo.

Será na tarde desta segunda feira, no Tribunal Regional Eleitoral.

O advogado do Protógenes, Adib Abdouni, pedirá a cassação do registro de Maluf por três motivos:

. A condenação no “frangogate”;

. A condenação pela distribuição de carros aos jogadores que venceram a Copa de 1970;

. E a condenação por lavagem de dinheiro, em Nova York.

Por esta última condenação, Maluf recebeu um prêmio especial.

Entrou na lista da Interpol e não pode pisar em qualquer país do mundo.

Aqui, em São Paulo, ele foi o deputado federal mais votado.

Viva o Brasil !

Paulo Henrique Amorim

Blogueiros "sujos" reportam a verdadeira São Paulo

Do vi o mundo.
A blogosfera é censura, segundo Serra. São blogs "sujos" patrocinados pelo governo Lula.
Não foi o prof. Hariovaldo quem disse, foi o zezinho.
Um recado para ele: dataFOLHA, 47%Dilma, 30%serra, 9%Marina. É mais fácil Marina alcançar zezinho que a Dilma não vencer no primeiro turno.

Serra ataca a blogosfera. Nós sabemos como é São Paulo de verdade

por Luiz Carlos Azenha
A São Paulo da propaganda eleitoral de José Serra é perfeita. Estradas, hospitais, escolas, clínicas de atendimento a alcoólatras e drogados, obras em rios etc. A São Paulo de verdade é outra: basta viajar alguns quilômetros a partir do centro da cidade para descobrir. Aliás, como notou um internauta quando escrevi isso outro dia, não precisa tanto: é só ir à cracolândia, que fica no centro. Todas as vezes que vou à periferia da cidade — e faço isso com bastante frequência — tomo um choque ao voltar ao centro. São dois mundos.
Os tucanos paulistas, que governam o estado há 16 anos, contam com a blindagem completa da grande mídia. Há problemas pontuais, aqui ou ali. Mas problemas estruturais… em São Paulo? Nunca. Há críticas aqui ou ali, na mídia. Críticas pontuais. Mas dizer que o governo Serra foi medíocre, na mídia?  Isso custaria o emprego. Foi um governo medíocre porque São Paulo dispõe de dinheiro, de saber e de dinamismo econômico. Mas os tucanos só estão no governo há 16 anos justamente por não fazerem os investimentos sociais que seriam necessários para acabar com a desigualdade no estado, que é profunda. Isso exigiria impostos e eles pregam o governo mínimo. São Paulo era para ser um exemplo para todo o Brasil. Há tanta força por aqui, tanta energia boa e tanto dinheiro que os tucanos poderiam ter detonado o governo Lula por comparação! Mas… vá à periferia de São Paulo, capital, como fui esta semana a Parelheiros e ao Grajaú. Ouça a população pobre: faltam vagas nas escolas, faltam creches, faltam vagas em hospitais, sobra trânsito e falta segurança.
Relativamente a outras regiões do Brasil, São Paulo pode mesmo ter avançado mais. Mas, não. Contando com a blindagem da mídia, os tucanos se preocuparam quase que exclusivamente com as oportunidades de negócios para os amigos e aliados. José Serra, especificamente, trata os movimentos sociais como inimigos. Os pobres são pobres, mas não bobos. Reside aí a chance de Dilma Rousseff de obter, em São Paulo, entre 30% e 40% dos votos. Entenderam como funciona a blindagem da mídia? É garantia de que os tucanos podem fazer seus negócios sem se incomodar com a clientela e sem que os demais brasileiros saibam exatamente o que se passa por aqui.
Mas o Marco Aurélio Mello, do Doladodelá, paga pedágio para chegar ao trabalho. O Rodrigo Vianna, do Escrevinhador, enfrenta o trânsito para chegar ao trabalho. O Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, vai ao Jardim Pantanal. O Eduardo Guimarães, do Cidadania, frequenta os hospitais por conta do quadro trágico de sua filha. O Luís Nassif, embora morador do Higienópolis, anda bastante por aí e frequenta os bastidores do poder. Isso explica porque esses blogueiros são uma ameaça a José Serra. Eles rompem, ainda que timidamente, já que a grande maioria dos brasileiros ainda não tem acesso à internet, a blindagem que a mídia oferece a José Serra.
Eles podem contar a outros brasileiros, através da rede, que São Paulo não é esse paraíso da propaganda eleitoral, ou pelo menos que é paraíso para alguns, para a minoria. É por isso que eles são os “blogueiros sujos”. Sujam a imagem do Zé.

Vídeo - Quem adora o Lula? O PCC adora o PSDB.

Extraído do conversa afiada.

Vídeo: todo mundo gosta do Lula e o PCC … dos tucanos

Todo mundo gosta, menos o PCC
O Conversa Afiada publica um vídeo sensacional.

É uma sugestão do amigo navegante Rogerio Augusto com Mucho Gusto:

Popout

Encontro dos blogueiros progressistas foi um sucesso

Do vi o mundo.
Infelizmente a bodega cearense não pôde ir. Quem sabe um dia Fortaleza não sedie o encontro...
A imprensa golpista treme.


Abertura do Encontro de Blogueiros bombou: a diversidade do Brasil estava lá


A abertura do primeiro Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, bombou. Não temos ainda um balanço de quem veio, mas com certeza são mais de 300 pessoas presentes, de todo o Brasil.
O grande problema de um encontro destes é que blogueiro quer… blogar, tuitar, fotografar, filmar, entrevistar.


Rodrigo Vianna e Leandro Fortes fizeram um belíssimo trabalho para garantir que o debate avançasse.

Na mesa, Luís Nassif estava firme no twitter:

Eduardo Guimarães, na plateia, dava satisfações aos leitores do Cidadania:

A ênfase do debate foi na defesa da liberdade de expressão, dos projetos para promover a inclusão digital e na necessidade de os blogueiros produzirem conteúdo próprio para se contrapor ao discurso dominante dos grandes grupos midiáticos.

Esse post é apenas um aperitivo da cobertura que pretendemos fazer do evento nas próximas horas.
A frase do dia foi de Paulo Henrique Amorim, ao falar sobre a operação Satiagraha e a decisão do ministro do STF Eros Grau de “sentar” sobre as provas recolhidas pela Polícia Federal: “A República brasileira repousa sob as nádegas de Eros Grau”.
As fotos são de Conceição Oliveira.

Saramago - A utópica humanidade

Dos cadernos de Saramago.

Uma hipótese de humanidade

Por Fundação José Saramago
Talvez a história do homem seja um enorme movimento que nos leve à humanização. Talvez não sejamos mais que uma hipótese de humanidade e talvez se possa chegar a um dia, e esta é a utopia máxima, em que o ser humano respeite o ser humano. Para chegar a isso se escreveu o Ensaio sobre a Cegueira, para perguntar a mim mesmo e aos leitores se podemos continuar a viver como estamos vivendo e se não há uma forma mais humana de viver que não seja a da crueldade, da tortura e da humilhação, que são o pão desgraçado de cada dia.
“Escribí para saber si hay una forma más humana de vivir que no sea la crueldad”, La Voz de Lanzarote, Lanzarote, 25 de Junho de 1996

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Zezinho disse que o governo censura a imprensa...

Veja o que o Quanto Tempo Dura acha disso:

Serra denuncia a censura à imprensa feita por Lula e pelo PT

Por quantotempodura

Clique em cima para aumentar e enxergar alguma coisa

Enquanto isso... na campanha eleitoral

Enquanto isso, na disputa para a sucessão presidencial, Zezinho continua nas baixarias.

Veja aqui, que o PT vai entrar com recurso pela aparição da imagem de Lula na propaganda política de Serra. De dia ele morde, à noite asopra.Veja também aqui a versão do prof. Hariovaldo sobre o caso.

Veja aqui, que foi um acessor do PSDB o "internauta" sorteado (dentre milhares) para fazer as perguntas à zezinho no debate dos presidenciáveis na UOL/FOLHA.

em tempo: o PSDB estava também entre os que perguntavam à Dilma. Veja.

Logomarca da Copa 2014 - uma última(?) análise

Dica do bodegueiro Ricardo, em seu twitter:
Excelente matéria do @logobr sobre a Logo da Copa 2014! Vale muito: http://bit.ly/aObwGE (via @Glaymerson via @ImageticaDesign)

Logo Copa 2014: design e negócios

Aloha!
É um dos momentos mais emocionantes para mim, para a África e para o Brasil. LINK
Com essas palavras Nizan Guanaes classifica o dia 08 de julho de 2010, quando foi lançado oficialmente o logotipo da Copa do Mundo FIFA 2014. De fato! Pra mim também seria o dia mais emocionante se minha agência fizesse o logotipo de uma Copa. Grana, prestígio, mídia, mídia e mais mídia, mais clientes, entrar para história. Eu ficaria bem feliz mesmo.

Nizan fundou o Grupo ABC, um dos 20 maiores grupos de publicidade do mundo. Mas, voltamos a falar sobre Nizan e suas empresas na parte 2 do artigo. Vamos ao logotipo, sua forma, aplicações, protestos, outros projetos da mesma linha e etc.
PARTE 1: O DESIGN
Forma
Agora que é oficial, podemos comentar e discutir o logotipo sob a luz do design e seus paradigmas.
“É uma porcaria”, diz Wollner em entrevista para o Terra Magazine sobre o logotipo. E não posso deixar de concordar. A idéia (por si mesma) até que é interessante pois, todos os jogadores de futebol do mundo sonham em levantar a Taça FIFA. É uma idéia bacana e não havia sido muito explorada ainda (somente o logo da Copa de 2002 que usa a taça como tema. Em 1966 e 1978 existem menções a ela). Contudo, uma boa idéia com execusão pobre fica apenas nisso, numa boa idéia. E, a meu ver, é o que acontece com esse logotipo. Simples assim. E não digo isso sob o prisma da estética, essa que se forma nos olhos de quem vê, mas sob o prisma do desenho.
Compartilho muito da visão da prof. Priscila Farias, da FAU-USP:
A ideia de utilizar formas que lembram mãos não é ruim, mas as formas estão terrivelmente mal resolvidas, e isso faz com que a figura, como um todo, pareça fraca, transmitindo a sensação de um desenho improvisado e pouco profissional, um tanto infantil e ingênuo, ao mesmo tempo sem a graça de um desenho de criança, ou a espontaneidade de algo genuinamente naif. Link
Para muitos não lembra uma taça mas sim alguém com a mão no rosto, com vergonha; outros veem mãos que seguram uma bola, essa, definitivamente, uma impressão que vai contra a regra mais básica do esporte que está representando. Um logotipo ao ser projetado deve ser visto sob todos os ângulos possíveis e ser levado em consideração qualquer interpretação do desenho. Claro que isso não significa que por uma ou outra o projeto não vá funcionar, mas deve-se ter lucidez disso, até para não passar vergonha na hora da apresentação ao cliente. Sabe aquela história de pegar o print do logo em diversos tamanhos, colar na parede e ficar observando por um tempo? Então… mas isso queridos é “mania desnecesária de designers”. Falando ainda sobre tamanhos, talvez o trabalho tenha sérios problemas em tamanhos diminutos. Veja:
E já, desde o começo, podemos ver problemas de reprodução. A Coca-Cola lançou uma latinha especial em comemoração a Copa por aqui. Olha que maravilha que o logotipo ficou:
Foi usado uma versão com um “sombreado branco” + outline no 2014. Mas com certeza tal aplicação foi prevista no Manual de Marca… certo? Aliás, alguém ouviu falar em manual? Quem precisa disso!
E antes que digam que pode existir limitação na reprodução em latinhas, pergunto: não é tarefa do designer (gente, DESIGNER!) levantar essas informações e projetar um logotipo que funcione em tais meios ou mesmo aplicações dignas?
E não só isso. Cores, proporções, aqueles ® e ©…
Mas o que mais se perde é a tipografia. Com certeza o que tem de mais problemático nesse logo. Não existe, a meu ver, qualquer tratamento tipográfico no BrASil e muito menos no 2014. Vou arriscar dizer que não houve a menor preocupação com a tipografia, pois um typedesigner ou mesmo designer que preze por seu trabalho jamais usaria uma mistura de caixa-alta com caixa-baixa no nome do país com um L(éle) que não se sabe se é maiúsculo ou minúsculo, sem qualquer critério aparente.
Claro, hoje tudo é possível e todas as possibilidades são válidas, mas num evento desse porte, dessa importância, num job que, talvez, só se tem a oportunidade de fazer uma vez na vida, ter um (não menos que) excelente projeto tipográfico exclusivo é quase um dever. Qual o problema de se procurar a comunidade brasileira de typedesigners para tocar essa parte tão importante do projeto? Como sempre digo, temos tanta gente boa por aqui que fazer isso sozinho não se justifica. E esse talento e domínio brasileiro da técnica tipográfica é de tão alto nível que já é reconhecida internacionalmente. Só um exemplo: o tipo atualmente usado na comunicação da Adidas, incluindo as camisas das seleções patrocinadas pela marca, foi feita por um brasileiro, o Yomar Augusto. Repito: não se justifica, com o tamanho do projeto e da verba. Como Wollner comenta na entrevista, “o designer deve coordenar esses tipos de projetos”. Ele, mais que ninguém, saberá da importancia de se ter uma equipe especializada, com pessoas experts a frente de pontos diversos do projeto, buscando a maior qualidade possível. Esse é o papel de uma agência: agenciar.
Outro problema são os espaços em branco, mal trabalhados. Bons projetos levam isso em consideração, como no caso do TCC da Karina Campana, que vamos ver mais abaixo.
É um trabalho para entrar para história, para virar case dissecado por estudantes, para o designer e todos os participantes mostrarem para os netos e os netos mostrarem para seus netos com orgulho. É uma oportunidade imensurávelmente incrível para o designer e toda equipe, para a agência, para a história do Design nacional. Infelizmente tenho que responder ao Prof. João de Souza Leite (em seu artigo sobre o projeto em nome da ADG): visto desse prisma, sim, foi uma oportunidade desperdiçada.
E como se não bastasse, o Rodrigo do DesignFlakes encontrou essa imagem no ShutterStock que é, no mínimo, intrigante.
“Daniel, vamos fazer um protesto, site-blog-tumblr-concurso, abaixo assinado, vaquinha, fogueira, motim, rebelião…”
Sinto em dizer isso, mas o que nos resta é somente uma coisa: olhar para esse logo por quatro anos até nos acostumarmos e ele se tornar simpático. Sim, isso irá acontecer. E não adianta querer fazer rebelião digital, “spammizar” a caixa de emails da CBF e do Ricardo Teixeira. A FIFA é uma empresa privada, a Copa do Mundo é um evento de empresas privadas (apesar do envolvimento governamental) e, como toda empresa privada, ela escolhe a agência que quiser, o projeto que quiser sem se preocupar com nada. Essa é a magia do capitalismo e de seu princípio de propriedade particular que se extende a marcas. E também é só dar uma vasculhada na web que você encontra protestos como esse feitos na Alemanha na outra Copa e na Africa do Sul para essa última. Chorando ou não, esse é o logotipo para Copa 2014 e nada irá mudar isso.
Outros projetos esportivos
Candidaturas para Copas de 2018 e 2002
Algo que não posso negar é a vocação para “não aceitação popular” que projetos como esse tem. Aconteceu o mesmo com os designs para Alemanha 2006 e Africa do Sul 2010, para as Olimpíadas de Vancouver 2010, Londres 2012 e Socchi 2014. Além disso, temos os logotipos das candidaturas para sedes das Copas de 2018 e 2022. Acredite ou não, TODOS os projetos geraram protestos em seus países. Fiz questão de pesquisar e ler sobre um por um na web (um dos motivos para a demora pra esse artigo sair). Não vou me prolongar nos comentários sobre cada um deles, pois isso estará num próximo artigo do LOGOBR (tem muita coisa para comentarmos hein!). Vejam:
Antes que alguém diga, “mas aquele ali não é o design feito pra candidatura dos EUA, ta errado”. Não não, está certíssimo. Aquele ali é sim o logo (???) da candidatura dos americanos. O que você deve estar pensando é naquele projeto colorido, com letras grandes e fundo escuro. Então, esse foi o projeto de identidade visual feito pelo humilde estúdio Pentagram. Sensacional. Mesmo com um logo ruim, o Pentagram salvou o visual da candidatura dos EUA. Para quem não viu, delicie-se:







Logo Euro 2012
Cansei de ver diversos blogs sobre design brasileiros noticiando que esse projeto para a Euro 2012 foi lançado alguns dias depois da final da Copa desse ano. Informação errada, que infelizmente o pessoal não tem o esforço de pesquisar antes de postar. Esse projeto, feito pelo mesmo estúdio portugues que fez o logo da Euro 2004, Brandia Central, foi lançado em dezembro de 2009. Infelizmente até hoje não consegui escrever sobre ele (com outros) e não será hoje que farei isso. Mas faço questão de deixar aqui pois é um design com uma execução sensacional. Vejam:

Esse aqui é o video de lançamento:


Karina Campanha é uma designer de São Paulo que, ao se formar em Design, fez, junto com seu amigo Cairê Uchôa, um TCC onde propunha um logo e uma identidade visual para a Copa 2014. Um trabalho fantástico. Lembra ali em cima quando cito o uso dos espaços em branco? Veja o que Karina e Cairê fazem com ele. Claro conhecimento e dominio das lei da Gestalt. E mesmo que não tenham pensado nisso, mostra que são dois (então) estudantes que tinham percepção e técnica para projetos de marcas. Não a toa que hoje a Karina é designer no escritório Sebastiany. Veja:

Mostrei esses outros designs feitos por alguns motivos: para que vejamos que se pode ter um logo com mãos que se entrelaçam e que formam uma taça sim, mas com uma execução digna;  que se pode ter um ótimo projeto de design de logo, mesmo sendo feito por um recém formado; que quem entende, entende e faz bem feito; que quem não sabe fazer algo não deveria faze-lo, mas pelo contrário, procurar quem sabe; que projetos dessa envergadura sofrem críticas de qualquer maneira; mas que isso não é desculpa para se fazer qualquer coisa; que logos ruins, mal feitos, mal resolvidos, com pessimos conceitos e horríveis desenhos também são feitos além das fronteiras do Brasil; que ótimos logos, bem feitos e acabados, com conceitos fortíssimos, tipografia exclusiva, desenhos marcantes e execuções perfeitas também são feitos no Brasil; que quem faz publicidade deve se concentrar nisso, quem canta deve se concentrar nisso, quem escreve deve se concentrar nisso e quem faz design deve se concentrar nisso; de que sim, poderíamos ter tido um logotipo que fizesse jus ao Design pulsante que existe no Brasil, que, mesmo com todos os problemas, está formando designers de nível internacional; que, claro, iriam sacanear o Brasil por conta do logo; e, principalmente, que poderíamos haver mais ética, mais humildade.
Muitos dizem que não existe como fazer design de fato dentro de agências de publicidade ou, como gostam de falar, “360″. Concordo com isso. Contudo, temos ótimos exemplos mundo afora de agências que não centralizam tudo numa única equipe vinda, principalmente, da propaganda, mas que consegue AGENCIAR profissionais de diversas especialidades e montar equipes multidiciplinares, cada uma com seu espaço, seu peso, com respeito a todos os profissionais, jobs, espaços, prazos e métodos: dois exemplos rápidos:
1 – O design do logo da candidatura para sede das Copas de 2018 ou 2022 de Portugual e Espanha foi feito pelo escritório de Design e Arquitetura da Euro RSCG de Portugal. Além da divisão de Publicidade, Design e Arquitetura e eventos existem outras três;
2 – Design de marca para Abu Dhabi feito pela consultoria de branding RE, que é da M&CSaatchi.
Ok que são duas gigantes da comunicação e propaganda mundial, mas a Africa fica muito longe delas? De jeito nenhum! O Grupo ABC é 20º maior grupo de publicidade do mundo e dono de várias empresas especializadas que vão desde eventos e marketing esportivo até propaganda. O que impede de se ter uma consultoria em branding? Qual o problema disso?
Agora, nos resta esperar os materiais que serão desenvolvidos. Quem sabe isso não nos salva (como aconteceu com os EUA).
Mas e você, o que acham disso tudo?
PARTE 2: OS NEGÓCIOS ALÉM DO DESIGN
Talvez o grande trunfo do LOGOBR seja sua obstinação pela informação. Somente comentar sobre o logotipo seria pouco diante de tudo o que permeou essa história. O que vou falar agora é sobre informações que levantei na web. Não são coisas inventadas por mim ou por este blog, tampouco acusações a alguém. São fatos compilados e mostrados. Algo que qualquer um com o Google na mão pode ver. Meu objetivo: nos fazer pensar.
Abri esse artigo com a fala de Nizan quando chegou na solenidade onde foi lançado o logotipo da Copa 2014. Mas, voltemos um pouco nessa história. O que vocês lerão a seguir é a nota oficial da FIFA sobre o processo que resultou nesse logotipo.
Desde o primeiro segundo começam os momentos finais dramáticos; cada Copa do Mundo FIFA é resumida por sua identidade específica, uma única imagem que é projetada no mundo todo.
Um componente essencial dessa imagem é o Emblema Oficial que forma a base da identidade do evento. Para todos aqueles envolvidos com a competição até o momento de seu lançamento trata-se de uma referência única. Desde os fãs até os afiliados comerciais e cada pedaço da negociação do evento, esse emblema simboliza a associação com o evento principal de futebol e continua depois que já tenha acabado dentro do banco de memórias de cada pessoa envolvida nisto. Especialmente do país vencedor.
A função do Emblema Oficial é em fornecer uma representação forte e visual tanto para o evento e para o país que recebe o evento. Efetuar o design disto pode ser uma tarefa desafiadora. Como foi a situação inicial sobre a Copa do Mundo FIFA de 2014 quando a FIFA e o Comitê Organizador Brasileiro tiveram que analisar como configurar um país tão colorido e vibrante como o Brasil – um país com uma herança rica de cultura tradicional e ainda que está emergindo rapidamente como uma das economias mais influentes e modernas do mundo.
Para projetar essas dimensões similares – A modernidade e diversidade Brasileiras – A FIFA e a Comissão Organizadora do Brasil convidaram 25 agências no Brasil para enviar designs para o Emblema Oficial da competição de 2014. Mais de 125 idéias com emblemas foram recebidas na época do fechamento da data da competição e foram então revisados pela FIFA e pelo Comitê Organizador Brasileiro; portanto reduzidos a uma lista pequena de designs.
A tarefa de escolher o ganhador foi dada por um grupo de sete juízes altamente capacitados, selecionados pelo país organizador da Copa. Isso inclui uma das figuras mais influentes e modernas da arquitetura Brasileira, Oscar Niemeyer, o designer Hans Donner, a topmodel Gisele Bündchen, o autor Paulo Coelho, a cantor e atriz Ivete Sangalo assim como duas figuras importantes do futebol mundial, Ricardo Teixeira (Presidente da Federação Brasileira de Futebol e presidente do Comitê Organizador Brasileiro) e Jerome Valcke (Secretário Geral da FIFA).
Foi pedido aos juízes que classificassem os designs dando notas para um número de áreas. Assim como sua impressão geral, foi pedido a eles que avaliassem como isso transmitiria o espírito do Brasil e a ligação do país com a Copa do Mundo assim como avaliar a criatividade, mérito artístico e singularidade.
Quando o processo de julgamento terminou, todos os pontos foram somados e o design ganhador foi revelado: “Inspiração”, criado pela agência de design Brasileira, África.
A inspiração para este design vem da foto ícone de três mãos vitoriosas que trabalharam juntas para levantar o troféu mais famoso do mundo. Bem como descrever o uplifting da noção humanitária da interligação, a representação das mãos é o símbolo do verde e o amarelo do Brasil com as boas-vindas calorosas ao mundo para a costa brasileira.
A vitória e a união são os dois elementos chave que são, através das mãos, destacados no design. Embora a formação de uma ligação clara com as cores da bandeira nacional brasileira, as cores verde e amarelo também aludem a duas das mais fortes características da vida no Brasil – o dourado das praias e do sol refletiu no tom amarelo, com o verde que representa o interior tropical forte pelo que o Brasil é tão famoso. A combinação da forte imagem, a tipografia contemporânea e as cores impressionantes são extremamente eficazes em retratar uma nação moderna e diversificada. A representação viva do troféu do emblema é extremamente apropriada, tendo em conta as realizações proeminentes do Brasil sobre ter ganhado a Copa do Mundo em cinco ocasiões diferentes, mais do que qualquer outra nação.
A mensagem que fica clara é que a partir deste emblema é a idéia do vínculo exclusivo entre a FIFA, a Copa do Mundo FIFA e o Brasil, o país anfitrião da Copa do Mundo de 2014.
Tradução por Bárbara Silva. Texto original publicado no site oficial da Copa do Mundo FIFA 2014.
PS#1: não, você não leu errado e nem a Bárbara traduziu errado. A Africa foi mesmo classificado no artigo como “agência de design”.
PS#2: Vejam só: 25 agências enviaram mais de 125 propostas de logotipos. Isso dá mais de 5 propóstas por agência. Eles sabiam mesmo o que estavam fazendo…
PS#3: “altamente capacitados”? Não duvido disso, mas cada um no seu quadrado, certo? Seria Alexandre Wollner altamente capacitado para discutir como organizar a Copa com o sr. Jerome Valcke?
Isso aí é o que a FIFA (e com certeza a CBF também) conta sobre o processo de seleção do logotipo. Mas não foi o que apurou a imprensa brasileira e o que apurou este pequeno blog.
Em 11 de junho de 2010, o LOGOBR publicou um artigo sobre o então possível logotipo para a Copa de 2014. Segundo o que foi apurado pela imprensa e pelo LOGOBR, a FIFA tinha um acordo com a ADG. Essa, por sua vez, indicou os melhores escritórios de design do País para que enviassem sua proposta a FIFA. A ADG iria coordenar todo o processo. Após o envio das propóstas, a FIFA simplesmente disse que ninguém tinha tido atendido ao briefing (por questões que não posso revelar, infelizmente, mas que não foram técnicas), então se reservava no direito de fazer outro processo. A partir daí, nem ADG nem os escritórios de design ficaram mais sabendo do que rolava sobre o processo.
No texto oficial da FIFA, alguém viu alguma mensão a ADG ou a esse processo cancelado? O que nos dá a entender ali é que esse “problema” com os escritórios brasileiros de marcas nem existiu.
A FIFA diz que convidou 25 agências para participar não é? Pois bem, um amigo meu, jornalista num grande veículo, me assegurou que grandes agências de São Paulo não participaram dessa tal concorrência. Lhe falei sobre o contrato de sigilo que a FIFA impoe sobre os participantes, mas ele me garantiu que sua fontes são confiáveis e que, de fato, agências ganhadoras de Cannes e com faturamentos milionários (ou seja, grandes agências) não participaram da tal concorrência. O próprio Marcelo Serpa disse que “adoraria ter participado” em seu Twitter.
Então, a África entra na jogada
A África é uma agência (de propaganda!) muito jovem mas que já está entre as melhores do Brasil. Fundada por Nizan Guanaes em 2002, ela já nasceu sendo parte do então recém fundado Grupo ABC, que hoje é um dos 20 maiores grupos de publicidade do mundo. Um Grupo com um “portifólio de empresas” completo. E com muito clientes. Grandes clientes.
Desviando o assunto um pouquinho, você sabe quem são os patrocinadores oficiais da seleção? No (péssimo e horrível) site da CBF, no rodapé, tem um marquee com as empresas. São elas: Vivo, Itaú, Nike, Guaraná Antarctica, Nestlé, Volkswagen, Seara, Gillete, Extra e Tam.
Pois bem. Um designer que trabalhou num dos projetos que a FIFA jogou pro alto disse ao iG que “(…) O que se sabe é que a Fifa e a CBF procuraram agências de publicidade que já trabalharam com elas ou com seus patrocinadores”. Confesso que isso me deixou bem intrigado, então fui eu dar uma pesquisa na web. O que encontrei é, no mínimo, intrigante:
Vivo é cliente da África;
O Itaú da Sunset, da DM9DDB e da África;
Guaraná Antarctica é cliente da DM9DDB e da B/Ferraz, Brahma da África e da ReUnion e a Ambev (Holding) é da Ludocca.MPM e da ReUnion;
A Nestlé é cliente da Brasil1 e da Tudo (em Minas);
A Volkswagen é cliente da ReUnion;
Seara é cliente da África;
Gillete é cliente da NewStyle e ReUnion, a Procter & Gamble (Holding) é cliente da África;
Extra é cliente da ReUnion, PontoFrio (pertencente a mesma Holding) da DM9DDB;
E a Tam e a Nike também são clientes da ReUnion.
O que me deixou intrigado? É que Africa, DM9DDB, Brasil1, B/Ferraz, ReUinion, Ludocca.MPM, Tudo e NewStyle, coincidentemente, são empresas do Grupo ABC.
Dai eu me pego pensando: seria boato mesmo essa história da FIFA e CBF terem levado o logotipo para a agência de seus patrocinadores? (Itaú, Brahma e Seara estão entre os patrocinadores da próxima Copa.)
E vocês, o que pensam a respeito?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Boas novas - Justiça proíbe bases dos EUA na Colômbia

Do tijolaço.
O império estadunidense está sem moral.


Justiça proíbe bases dos EUA na Colômbia

Notícia divulgada pelo jornal El Espectador declarou inconstitucional o acordo assinado pelo ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, no ano passado, cedendo território da Colômbia para a implantação de bases aéreas e aeronavais dos Estados Unidos. Embora, nas declarações oficiais, a desculpa fosse a ação de combate ao narcotráfico, as instalações permitiam que aviões militares americanos cobrissem, em condições de ataque, um raio de 3 mil quilômetros, que lhes permitiria, hipoteticamente, atingia até Brasília.
As bases seriam em sete localidades colombianas: Malambo , Palanquero , Apiay , Larandia e Tolemaida  e nas bases navais de Cartagena e do Pacífico.
Segundo o site Opera Mundi, o tribunal – instância suprema da Justiça colombiana – aprovou o parecer do juiz Jorge Iván Palacio, que declarou o acordo como “inexequível”, ecoando a avaliação sem valor legal que já tinha sido feita pelo Conselho de Estado, órgão consultivo da presidência colombiana.

Esqueceram do Serra

Do tijolaço.
Só rindo...

Esqueceram do Serra -1

Clique para ampliar
O Estadão de hoje traz uma matéria que, mais do que qualquer pesquisa Ibope ou Datafolha, mostra como Serra se tornou um espanta-voto por todo o país. Ontem, primeiro dia da propaganda de candidatos a Governador e a Senador, o tucano só apareceu ou foi citado em quatro Estados, enquanto Dilma era mencionada em 17 e o presidente Lula em todos, exceto Roraima, Tocantins e Espírito Santo. Confira no mapa aí ao lado, clicando na figura para ampliar.
E citação explícita, segundo o Estadão, Serra só teve uma única vez, no programa de Geraldo Alckmin, que tal como o aecista Antônio Anastasia, em Minas, que usou uma rápida imagem em um clipe, parece que cumpriram burocraticamente o “dever” de citar o “coiso”.
Falando nisso a coisa anda feia para a direita. Aqui no Rio, o DEM escondeu, segundo o jornal, até a marca do partido e os candidatos que dão (ou davam) palanque a Serra preferiram citar Lula em seus programas.
Daqui a pouco eu conto o que existe de campanha aqui no Rio para Serra.

Os marqueteiros e o zé ninguém - campanha política

Do blog do Menon.

O DEUS DA MENTIRA

Pra que candidato? Pra que política? De uma década para cá, eles e ela têm um papel cada vez menor nas eleições. A ideologia é um penduricalho. Aqueles oradores maravilhosos de antes - como eu gostava de ouvir o Almino Affonso e o Ulysses Guimarães - são parte do passado. Comício, em contato direto com o povo, é anacrônico. O que vale agora é o que fala o marketeiro. Ele, o Deus, ele que decide tudo.

O marqueteriro deveria servir para colocar em filmes feitos para a televisão e em programas de rádio, as ideias do candidato. Se o candidato é a favor da descriminilização das drogas ou da liberação do aborto, caberia a ele, o marqueteiro, a dura missão de colocar essas ideias de pouca aceitação junto ao público, como algo palatável, que renda votos.

Não é isso que ocorre. Os marqueteiros não deixam ninguém ter opinião diferente do que o povo pede. Fazem pesquisas qualitativas, quantitativas etc e tal e descobrem o que o eleitor quer ouvir. E fazem o candidato repetir a ladainha.

Um dos motivos que me fazem votar em Dilma é o fato de ela ter enfrentado a ditadura militar atuando em uma organização clandestina. Não sei se pegou em armas - muito provavelmente sim - o que aumenta a minha vontade de votar nela. Só que isso é escondido na televisão. Não se pode falar o que se fez.

O poder do marketing foi aumentando tanto que, depois de decidirem o que deve e o que não deve ser dito e explicitado na campanha, eles resolveram criar até o programa de governo. Ou melhor, não respeitam o programa de governo e criam factóides iditotas.

Dois casos recentes mostram isso. Celso Pitta provavelmente nunca havia tido a ideia de um veículo leve sobre trilhos quando Duda Mendonça falou do fura-fila. E lá foi ele para a televisão repetir infinitamente, todo dia a necessidade de se ter um fura-fila. O nome é legal, cria-se uma animação e o político fica repetindo como uma matraca, como um papagaio.

Pitta foi eleito. Não fez o fura-fila. Marta veio depois. Não fez. Serra e Kassab não fizeram. E quem paga a conta da obra iniciada. Eu tenho uma sugestão: Duda Mendonça.

Outro caso: quando foi candidata à reeleição, Marta, que tinah ótima aprovação pelos CEUs e pelo bilhete único, era atacada por sua gestão na saúde. Então, o Duda mandou um médico barbudo e gordão - o Gonzalo Vecina, que parecia um papai noel - ficar falando de um projeto que eu esqueci o nome. Era uma maravilha, uma animação em 3D, com gráficos etc e tal. Não colou. E a Marta perdeu.

Não me conformo como os políticos podem se submeter às ídéias dos marqueteiros. O último caso é o de José Serra. Com 68 anos, um currículo imenso, ele se submente à constrangedora ideia de mudar de nome a um mes e meio da eleição. Não é mais o Serra. É o Zé. Zé de que? Zé da favela plástica, da favela de mentira, da Elba Ramalho de mentira.

Como uma pessoa pode aceitar isso? Já que é para perder, perca como Serra. Sair da eleição derrotado e com o nome de Zé é muito ruim.

Com a palavra, Mário Sérgio - Novo técnico do vozão

“Eu quero comer a jugular deles, meu time vai morder e partir para cima do Grêmio”.
Mário Sérgio estréia sábado, contra o Grêmio.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Enquanto isso... França começa sua "limpeza étnica"

Enquanto isso, Sarkozy ignora críticas e França começa a deportar ciganos.

Do opera mundi.


Vídeo - Horário político da Dilma

Sensacional o primeiro programa da Dilma.

Carta dos blogueiros progressistas

Extraído do vi o mundo.

Carta dos Blogueiros Progressistas

Esta é a redação inicial do documento final do 1º Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas. Se tiver sugestões, envie  e-mail para contato@baraodeitarare.org.br
A liberdade da internet é ainda maior que a liberdade de imprensa, na medida em que a imprensa compreensiva do rádio e da televisão se define como serviço público sob regime de concessão ou permissão, ao passo que a internet se define como instância de comunicação inteiramente privada”
MinistroAyres Britto, do STF
Em 21 e 22 de agosto de 2010, homens e mulheres de várias partes do país se reuniram em São Paulo, no Sindicato dos Engenheiros, com a finalidade de materializarem uma entidade, inicialmente abstrata, dita Blogosfera, a qual vem ganhando importância no transcurso desta década devido à influência progressiva que passou a exercer na comunicação e nos grandes debates públicos.
A Blogosfera é produto dos esforços de pessoas independentes das corporações de mídia, os blogueiros progressistas, designação que alude àqueles que, além de seus ideais humanistas, ousaram produzir o que já se tornou o primeiro meio de comunicação de massas autônomo. Contudo, produzir um blog independente, no Brasil, ainda é um ato de heroísmo porque não existem meios sólidos de financiamento para exercer a atividade profissionalmente, ou seja, obtendo remuneração.
Em busca de soluções para as dificuldades que persistem para que a Blogosfera Progressista siga crescendo e ganhando influencia em uma comunicação de massas dominada por um oligopólio poderoso, influente e, muitas vezes, antidemocrático, os blogueiros progressistas se unem para formularem aspirações e propostas de políticas públicas e pelo estabelecimento de um marco legal regulatório que contemple as transformações pelas quais a comunicação está passando no Brasil e no mundo.
Com base nesse espírito que permeou o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, os participantes deliberaram em favor dos seguintes pontos:
I – Apoiamos o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), de iniciativa do governo federal, como forma de inclusão digital de expressiva parcela do povo brasileiro extemporaneamente alijada de um meio de comunicação de massas como a internet no limiar da segunda década do século XXI, o que é inaceitável e incompatível com os direitos fundamentais do homem à comunicação em um momento histórico em que os avanços tecnológicos nessa área já são acessíveis a qualquer cidadão de qualquer classe social nos países em estágio civilizatório mais avançado.
Apesar do apoio ao PNBL, os Blogueiros Progressistas declaram que, mesmo entendendo a iniciativa governamental como positiva, julgam que precisa de aprimoramento, pois da forma como está ainda oferece pouco para que a internet possa ser explorada em todas as suas potencialidades. A velocidade de processamento a ser oferecida à sociedade sem cobrança dos custos exorbitantes da iniciativa privada, por exemplo, precisa ser ampliada ou não realizará aquilo a que se propõe.
2 – Defendemos a regulamentação dos Artigos 220, 221 e 223da Constituição Federal, que legislam sobre a comunicação no Brasil e, entre outras coisas, proíbem a concentração abusiva dos meios de comunicação de massa e que dispõem sobre os sistemas público, estatal e privado.
Por omissão dos Poderes Executivo e Legislativo na regulamentação da matéria e sob sugestão do eminente professor Fabio Konder Comparato, os Blogueiros Progressistas decidem mover na Justiça brasileira uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) com vistas à regulamentação das leis que determinam profundas alterações na realidade da comunicação no Brasil supra descrita e que vêm sendo solenemente ignoradas.
3 – Combatemos iniciativas que tramitam no Poder Legislativo tais como o Projeto de Lei de autoria do senador mineiro Eduardo Azeredo, iniciativa que se notabilizou pela alcunha de “AI-5 digital” e que pretende impor restrições policialescas à liberdade de expressão na rede mundial de computadores, bem como as especulações sobre o que se convencionou chamar de “pedágio na rede”, ou seja, a possibilidade de os grandes grupos de mídia poderem veicular seus conteúdos na internet com vantagens tecnológicas como capacidade e velocidade de processamento em detrimento do que for produzido pelos cidadãos comuns e pelas pequenas empresas de comunicação.
4 – Reivindicamos a elaboração de políticas públicas que incentivem a veiculação de publicidade privada e oficial remuneradas nos blogs, bem como outras formas de financiamento que efetivamente viabilizem essa forma de comunicação representada pela Blogosfera Progressista, de maneira que possa ser produzida por qualquer cidadão que disponha de competência para explorar seu potencial econômico e comercial, exatamente como fazem os meios de comunicação de massas tradicionais com amplo apoio do Estado por meio de fartas verbas públicas que, com freqüência, são repassadas sob critérios meramente políticos e que ignoram a orientação constitucional que determina pluralidade na comunicação do país.
5 – Cobramos dos Poderes Executivo e Legislativo que examinem com seriedade deliberações da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) como a da criação do imprescindível Conselho Nacional de Comunicação.
6 – Deliberamos pela instituição de um Encontro Anual dos Blogueiros progressistas, que deve ocorrer, sempre que possível, em diferentes capitais para que um número maior de unidades da Federação tenha contato com esse evento e, em algum momento, com o universo da blogosfera.
7 – Lutaremos para instituir núcleos de Apoio Jurídico aos Blogueiros Progressistas, no âmbito das tentativas de censura que vêm sofrendo sobretudo por parte da classe política e de grandes meios de comunicação de massas.
São Paulo, 22 de agosto de 2010
Altamiro Borges
Conceição Lemes
Conceição Oliveira
Diego Casaes
Eduardo Guimarães
Luis Nassif
Luiz Carlos Azenha
Paulo Henrique Amorim
Renato Rovai
Rodrigo Vianna

Vídeo sensacional! Serra, o comedor

Cuidado, ele vai te pegar também!

Charge - Pesquisa Vox populi (vai dar primeiro turno)

Do blog do kayser.

Última Ficha

Saramago - pelos direitos humanos [2]

Dos cadernos de Saramago.
O mestre deve se virar no túmulo toda vez que um brasileiro (aqui virou moda) fala, quando ocorre algum crime: "Depois vem os direitos humanos (parece uma pessoa) defender esse criminoso".

A batalha que vale a pena

Por Fundação José Saramago
Os direitos humanos… quantos se cumprem?, por que não se cumprem?, de quem é a responsabilidade pelo seu não cumprimento? A batalha que vale a pena no século que entra é a batalha pelos direitos humanos, e a tendência é para perdê-la se não reagimos a tempo […] Há uma incompatibilidade radical entre globalização económica e direitos humanos.
“Saramago e a luta pelos direitos humanos”, Revista In Formación, Madrid, nº 8, Julho de 2000

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Terno de Lula rente R$500 mil em campanha beneficente

Dos amigos do presidente Lula.
Eike Batista arrematou o traje. Parece que ele tava precisando de roupa nova.

Terno usado por Lula em posse (2003) é arrematado por R$ 500 mil em leilão

Evento beneficente ocorreu em bar da Zona Sul de SP.Traje do presidente foi comprado por Eike Batista.

A expectativa ficou para o final e deixou todos surpresos. Depois de quase três horas, saiu a última e mais cara das peças de um leilão beneficente que reuniu artistas e empresários em um bar da Zona Sul de São Paulo, na noite desta segunda-feira (16) : o terno que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou na primeira posse, em 2003. O empresário Eike Batista arrematou o traje por R$ 500 mil – o lance inicial era de R$ 100 mil. A roupa não foi exposta.

Prof. Hariovaldo - Massa risonha dá o tom da campanha vencedora

Visite o professor Hariovaldo.
Vejam a alegria estampada no rosto da "multidão".

Massa risonha dá o tom da campanha vencedora

simpatia_serra
Serra com seu povo
Por onde passa, o virtual vencedor angaria sorrisos e distribui simpatia. Toda a massa não-tão-cheirosa quer se aproximar e vislumbrar de perto a figura amistosa do Ungido por São Serapião. Quando, nalguma localidade, noticia-se a futura visita do Mais Capaz os populares exultam e contam os minutos para o evento.
Alguns querem um aperto de mão, outros um simples aceno de longe. Crianças se aproximam em grupos e até idosos incapacitados de locomover-se tentam acompanhar o alegre cortejo. O sucesso entre os eleitores é constatado pela foto acima, e atesta o favoritismo de nosso candidato entre os humildes, botando por terra a tese alimentada pela imprensa lullista, de que Lulla é o mais popular e querido “líder”.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Com 17 processos, Serra ainda escapa do ficha limpa

Dos amigos do presidente Lula.
Por isso que falo que o ficha limpa é bom, mas precisa ainda ser aprimorado.

Sujou a ficha de Serra: folha corrida tem 17 processos

José Serra (PSDB/SP) é candidato a presidente com a ficha mais encardida: está respondendo a 17 processos. Não é atingido pela lei da ficha limpa porque ainda não teve condenação por órgão colegiado.

O "dossiê" dos 17 processos foi produzido pelo próprio demo-tucano. Foi ele mesmo quem foi obrigado a apresentar as certidões, onde consta sua situação judicial. Sonegar essas informações, conforme a legislação, implica crime eleitoral.

Improbidade administrativa

Além das 17 certidões positivas, o demo-tucano soma três processos ativos, todos por improbidade administrativa.

Os casos correm na Justiça Federal do Distrito Federal e referem-se ao Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer).

O Proer foi um programa implementado no primeiro governo de FHC para salvar os banqueiros de terem que arcar com prejuízos de bancos quebrados. Na época, Serra era o ministro do Planejamento, e teve responsabilidade nas decisões relativas ao Proer, junto com outros nomes no governo.

A juíza Daniele Maranhão Costa, da 5ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, considerou que houve dano ao erário, enriquecimento ilícito e violação aos princípios administrativos no caso. Cabe recurso.

O candidato do PSDB à Presidência da República também responde por crimes de imprensa, calúnia e injúria, em ações ajuizadas pelo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores. Em uma delas, o ex-presidente do PT Ricardo Berzoíni é o autor das denúncias, que foram recebidas pela Justiça do estado de São Paulo e se encontram em andamento.


Dilma: nada consta

A ficha de Dilma, nada consta. Ela não responde a nenhum processo, como os 17 de Serra.

Depois de Serra, o longínquo segundo lugar fica com Eymael, com 2 processos

O candidato José Maria Eymael (PSDC) também aparece no levantamento. Ele apresentou ao TSE duas certidões positivas. Os processos datam de 1969, não apresentam nenhum detalhamento, e têm na tipificação o crime de estelionato. Um foi ajuizado na 1a. Vara Criminal de Barra Funda, em São Paulo, e o outro está sem especificação na certidão. (As informações são do Congresso em Foco).

Veja aqui as certidões apresentadas por José Serra

Dilma, a terrorista - versão 4590...

Do abundacanalha.
Entenda a canalhice, clicando aqui.

Nem a pop-arte tucana dá certo


Aos meus caros amigos da editoria de arte da Revista Época,

Agradeço em nome da blogosfera o belo trabalho gráfico. Sei qual foi o pedido de seus chefes, sei o que desejavam. Vocês fizeram o seu trabalho como profissionais. Mas, caiu na rede. A cada hora vejo um blog utilizando o seu trabalho em conceito diverso do desejado pelos venais pauteiros da revista.

Realmente, nada dá certo na campanha do vampiro Serra.

Um forte abraço deste humilde blogueiro.

Aconteceu - Exílio de Serra no império estadunidense

Dos amigos do presidente Lula.

O mistério da fuga de Serra para os Estados Unidos

A biografia de José Serra (PSDB/SP) tem uns buracos difíceis de explicar.

Após a implantação da ditadura no Brasil, ele fugiu para o Chile.

Em 1973, quando houve o golpe de Pinochet no Chile, com apoio da CIA (Agência de Inteligência dos EUA), ele fugiu justamente para os Estados Unidos, que apoiou o golpe chileno.

É preciso entender que nesta época era em pleno governo Nixon, com a política estadunidense de apoio às ditaduras militares, na época de Kissinger. Até o "beatle" John Lennon estava ameaçado de expulsão dos EUA nesta época.

Como Serra conseguiu o green card nos EUA? Como ele se sustentou lá? Como ele conseguiu estudar nas caras Universidades estadunidenses? Ainda mais sem ter o diploma de Bacharel em Economia? E quem pagou essa conta, já que ele diz que o pai não era rico?

É um dos mistérios mais bem guardados da política brasileira.

É bastante improvável que um latino-americano exilado, realmente de esquerda, escolhesse os EUA como destino, nesta época. E se escolhesse, soa estranho encontrar facilidades de permanência, inclusive financeiras.

Curiosidades da MPB - Adoniram Barbosa

Do Dr. Zem.


A história do Samba do Arnesto e da Saudosa Maloca. Adoniran Barbosa.

Curiosidades da MPB.

João Rubinato, o Adoniran Barbosa, era considerado uma espécie de cronista das coisas de São Paulo. Suas músicas retratavam, de forma simples e convincente, o cotidiano da cidade e suas relações. 

Frutos deste profundo senso de observação do compositor de Trem das Onze, muitas músicas foram compostas com base em fatos ou personagens reais. Nem sempre a história era fiel ao fato, mas muitas vezes o personagem era real. Arnesto, imortalizado no “Samba do Arnesto”, o amigo que deu o cano nos colegas de samba, por exemplo, realmente existiu, mas nunca morou no Brás e sequer convidou Adoniran para uma fracassada roda de samba.

Ernesto Paulelli está hoje, 14/08/2010, Com 95 anos de idade, conheceu Adoniran em 1938 ,quando foi se apresentar com a cantora Nhá Zefa na Rádio Record em São Paulo.

Em entrevista ao site entretenimento.r7.com, Ernesto nega o bolo e conta a sua versão para a criação da música:

“Eu não conhecia o Adoniran e ele também não me conhecia. Nos cumprimentamos e ele pediu meu cartão. Entreguei e ele disse: “Arnesto Paulelli”. Eu o corrigi [disse que o nome certo era Ernesto]. Mas ele insistiu: “É Arnesto, o seu nome dá samba. Vou fazer um samba para você. Adúvida?[ ...] Um dia fui conversar com o Adoniran e perguntar que história era aquela de dar um bolo nele. Com aquela voz rouca ele me respondeu: “Arnesto, se não tem bolo não tem samba [...]"

Deste interessante encontro, além da música, resultou uma amizade que durou até a morte da Adoniran, em 1982. 

Comento: outro samba famoso do sambista, envolveu, além de um personagem, um fato real: o escritor André Diniz, no seu livro “Almanaque do Samba”, da editora Zahhar conta que, certo dia, Adoniran Barbosa saia da sua casa para passear com seu cachorro Peteleco, quando encontrou Mato Grosso. O amigo estava transtornado: contou que o prédio que morava seria demolido.

Ao retornar para casa, condoído com a situação do amigo, o maior compositor de samba de São Paulo, compôs “Saudosa Maloca”, um dos maiores sucessos da música brasileira, cantada por dez entre cada dez sambistas do Brasil.

Veja a interessante entrevista de Ernesto contando a história do “Samba do Arnesto”. No segundo vídeo, "Saudosa Maloca" é interpretada pelos eternos  "Demônios da Garoa", o grupo que melhor representa a grandeza de Adoniran Barbosa.

Popout

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Momento POP - Zé do Caixão chama 'Crepúsculo' de 'fitinha de boiola'

Do G1.
Não me contive...

Zé do Caixão chama 'Crepúsculo' de 'fitinha de boiola' na Bienal

José Mojica Marins critica filmes de vampiros da atualidade.
Cineasta abriu o primeiro debate na 21ª Bienal do Livro

O cineasta José Mojica Marins, mais conhecido pelo nome do personagem Zé do Caixão, abriu o primeiro dia da 21ª Bienal do Livro de São Paulo nesta sexta-feira (13). Em debate para um público formado em sua maioria por crianças, o diretor chamou a saga O cineasta José Mojica Marins, mais conhecido pelo nome do personagem Zé do Caixão, abriu o primeiro dia da 21ª Bienal do Livro de São Paulo nesta sexta-feira (13). Em debate para um público formado em sua maioria por crianças, o diretor chamou a saga "Crepúsculo" de "fitinha de boiola" (Foto: Daigo Oliva / G1)

Caneta inteligente

Extraído daqui.
Muito bom. Quero uma dessas!

Caneta obediente

Imaginado pelo designer coreano Giha Woo, esse pequeno gadget ajuda a desenhar linhas retas e na medida certa. Visual interessante, mas não seria mais fácil usar uma régua?
Constrained Ball
Constrained Ball
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Parabéns, Fidel

83 anos deste ícone. Parabéns!

2006: Como a Globo ajudou a levar para o segundo turno

Do vi o mundo.

2006: Como a Globo ajudou a levar para o segundo turno

Por Luiz Carlos Azenha
O texto abaixo trará apenas uma novidade (considerável) para os leitores habituais do site.
Mas é importante repetir a história, especialmente para os leitores que chegam agora.
Em 2006 eu era repórter especial da TV Globo baseado em São Paulo. Fui escalado para cobrir as eleições presidenciais. Foi minha primeira experiência no gênero. Fui destacado para acompanhar o candidato Geraldo Alckmin.
Mas antes, durante as denúncias que pipocaram por causa do mensalão, comprovei em Goiás caixa dois do PT. O assunto foi parar em Brasília. Na hora agá, o denunciado abriu os arquivos e disse que tinha dado dinheiro a todos os partidos. A partir daí, o assunto morreu.
O incômodo que eu e muitos colegas sentimos nasceu mesmo na campanha. Eu friso muitos porque a Globo quis fazer parecer que eram apenas dois gatos pingados. Na minha contabilidade, pelo menos dez profissionais da emissora demonstraram abertamente que estavam alarmados com o andamento da cobertura.
Conversávamos abertamente a respeito, na redação.
Como jornalistas experientes, sabíamos detectar as nuances na cobertura da emissora:
1. Marco Aurélio Mello, editor de Economia do Jornal Nacional, nos contou que tinha recebido ordens do Rio para “tirar o pé” das reportagens econômicas que poderiam ser vistas como positivas para Lula, que buscava a reeleição;
2. Alexandre Garcia, comentarista de Brasília, começou a aparecer em programas de entretenimento para fazer análises eleitorais;
3. Todos os sábados, o Jornal Nacional repercutia as capas com denúncias da revista Veja ao governo, sem checar se as informações eram ou não verídicas;
4. Nos 50 segundos diários de cada candidato, muitas vezes a emissora repercutia as denúncias que havia apresentado contra o governo. Assim, eram três candidatos (150 segundos) pedindos explicações ou fazendo acusações ao governo (Geraldo Alckmin, Heloisa Helena e Cristovam Buarque) e 50 segundos de “defesa”.
5. Só entravam no ar denúncias contra o governo, o que levou o repórter Carlos Dornelles a fazer um protesto público. Colegas se reuniram para pedir isonomia ao editor regional de São Paulo. Como resultado do protesto, fui encarregado de fazer uma reportagem sobre o escândalo das ambulâncias, que envolvia aliados do candidato ao governo paulista, José Serra. A reportagem nunca foi ao ar. Esse caso eu contei aqui.
6. Na semana do primeiro turno, a Globo bombou no ar as denúncias que envolviam o candidato do PT ao governo de Pernambuco, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, mas escondeu que aliados de José Serra estavam envolvidos no mesmo escândalo.
Aqui, a novidade: diante de tal descalabro, um colega chegou a ligar para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para denunciar que a Globo se empenhava em levar a eleição para o segundo turno.
E a Globo ajudou a levar, com a colaboração dos aloprados petistas, do delegado Edmilson Bruno e por causa da ausência do candidato Lula no debate final da emissora.
A diferença entre 2006 e 2010 é que naquela época éramos dez pessoas denunciando o descalabro, de dentro. Agora, alguns milhares já são capazes de perceber a manipulação apenas assistindo TV.
Para ler outro texto que escrevi a respeito, clique aqui.
Curiosamente, em 2010 Ali Kamel não terceirizou o golpe. Pretende aplicá-lo apenas com a ajuda do mais alto escalão, no qual se inclui William Bonner.