segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O ministério de Dilma

Do blog do Menon.
O Menon me faz pensar que a coisa não tá tão ruim assim. Dilma estaria amenizando o ônus da governabilidade.

DEPOIS DO PMDB, 
DILMA ENQUADRA PSB

O convite a Ciro Gomes para assumir o ministério da Integração Nacional foi o segundo recado duro de Dilma Roussef a quem imaginou que seria sócio, mesmo que minoritário, de seu governo. O primeiro a sentir isso foi o PMDB, que ficou com ministérios menos importantes do que tinha com Lula. A ordem é clara: vocês apoiavam Lula e poderiam fazer alguma chantagem com ele. Como têm a vice no meu governo, têm de assumir o ônus. Não vão chantagear o governo que tem o Michel Temer como vice.

Eduardo Campos, governador reeleito de Pernambuco (com 82% dos votos, foi o mais bem votado em 2010) achou que seria uma espécie de vice-rei do governo. Presidente do PSB, partido que conseguiu eleger seis governadores, pensava em mandar muito no governo da Dilma e, ao mesmo tempo, manter laços de amizade cocm Aécio Gomes. Assim, em 2014, colocava-se em condição de exigir a vice do PT na eleição presidencial. Ou mesmo, de ser candidato a presidente. Se nada disso desse certo, poderia pender para Aécio. Em resumo, exerço o poder no governo e mantenho aberta a possibilidade de mudar de lado, unindo-me a Aécio.

Para isso, tinha o poder monolítico do PSB. Pediu três ministérios, um para ele, através de Fernando Bezerra Coelho na Integração Nacional, outro para Márcio França (ligadíssimo a Alckmin) e outro para Beto Albuquerque.

Recebeu o primeiro não de Dilma. Ela daria tres ministérios, mas um teria de ser para Antonio Carlos Valadares, de Sergipe, o que permitiria a chegada de Zé Eduardo Dutra, presidente do PT, ao senado. Ele é suplente de Valadares.

O segundo golpe de Dilma foi negociar diretamente com Ciro a sua presença no Ministério. Como MInistro da Integração Nacional, onde Eduardo Campos sonhava colocar Fernando Bezerra Coelho. Ao fazer isso, Dilma divide o PSB. Deixa claro que o partido tem dois grandes líderes: Eduardo Campos e Ciro. Só para lembrar, Cid Gomes, irmão de Ciro, é governador do Ceará.

Ao colocar os dois em seu governo, Dilma deixa de ser refém de Eduardo Campos. E, se, ao finalo de quatro anos, o governador quiser levar o seu partido para os braços de Aécio, sofrerá oposição de CIro. Agora, são dois do PSB a sonhar com a vice, a sonhar com a candidatura. Assim, Dilma fica mais forte

Um comentário:

  1. O Ciro é muito fera este ano estava até bem cotado para disputar a presidência novamente, mas por ordem do partido ficou na geladeira, poxa achei maior sacanagem que fizeram com o cara e lembro que ele também ficou fulo da vida quando cogitaram a possibilidade dele sair vice da Dilma e tals e ele:NÃOO quero!!. Daí quando vem o segundo turno ele escolhe novamente o lado certo, e olha o cenário se repetindo? Vai ganhar novamente um ministério. Eu imagino Ciro presidente como uma utopia algo fantástico num universo paralelo
    http://expectativazero.blogspot.com/

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