segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

E no Haiti... foi um pacto com o diabo

Também do tijolaço.
É sensacional ver a capacidade imaginativa da mente humana. O carinha aí embaixo consegiu ligar os desastres no Haiti a um pacto com o diabo na época de sua independência.

Fanatismo impiedoso e desumano

Pat Robertson, pregador de sucesso na TV, não teve o mínimo de respeito aos haitianos

Pat Robertson, pregador de sucesso na TV, não teve o mínimo de respeito aos sofrimentos dos haitianos

O “televangelista” Pat Roberton é um dos de maior sucesso na TV americana e, ontem, no «700 Club», do canal Christian Broadcasting Network (CBN), mostrou que é também uma das pessoas mais impiedosas do mundo. Robertson quis explicar a tragédia no Haiti como resultado de “um pacto com o diabo” que teriam feito, no século 18, os escravos dos quais provém a atual população haitiana, em busca da liberdade.

-Algo aconteceu há muito tempo no Haiti e as pessoas talvez não queriam falar sobre isso. Estavam sob domínio francês, na altura de Napoleão III, juntaram-se fizeram um pacto com o diabo. Disseram: «Vamos servi-lo se nos libertar do Príncipe». É uma história verdadeira. E o diabo disse: «Ok, está combinado». E os franceses foram expulsos. Os haitianos revoltaram-se e conseguiram libertar-se. Mas, desde então, foram amaldiçoados com coisas atrás de coisas.

É de duvidar que uma pessoa que diz uma barbaridade destas pode ter sentimentos religiosos. Em que tipo de Deus perverso pode um homem assim acreditar?Nossos jornais não publicaram nada, mas a imprensa de Portugal, sim.

Os haitianos conseguiram acabar com a escravidão em 1794, quase 100 anos antes de nós. Foram invadidos pela França, tiveram seus líderes assassinados e, sob a liderança de Jacques Dessalines, venceram os franceses e proclamaram a independência. Foram ocupados por tropas americanas por 20 anos, até 1935.

Diabo, para o Haiti, só se forem as potências estrangeiras.

PS. Consegui o vídeo, em inglês, para quem quiser conferir

Um comentário:

Não se utilizem de comentários ofensivos, que utilizem expressões de baixo calão ou preconceituosas. A bodega é livre, mas exige respeito.