Obama por enquanto mais decepciona que qualquer outra coisa.
Um gesto de paz, outro de discriminação
A aurotozização para sobrevoar Cuma reduz em pelo menos uma hora de voo a rota entre Miami e Porto Príncipe
Ontem, o Governo norte-americano confirmou ter recebido a confirmação de Cuba que suas aeronaves militares estavam livres para cruzar o espaço aéro cubano, rumo ao Haiti, frente à desgraça que vive aquele país caribenho.
Uma atitude correta, embora seja legítimo que os cubanos possam ter todas as suspeitas de que aviões militares pudessem aproveitar-se para fotografar detalhadamente instalações militares do país.
Fizeram o que deviam ter feito.
Hoje, porém, numa infeliz ironia, o presidente Barack Obama prorrogou a vigência do capítulo 3 da Lei Helms-Bruton, que regula o embargo econômico dos EUA a Cuba. O dispositivo prorrogado permite aos Estados Unidos processar qualquer empresa, de qualquer país do mundo, que faça negócios com empresas ou instituições cubanas que utilizem benso ou instalações nacionalizadas de empresas americanas, há 50 anos, no processo revolucionário.
Como, antes da revolução, os americanos eram donos de quase tudo em matéria de indústri e serviços em Cuba, isso quer dizer que fica impossível negociar com quase todas as grandes empresas estatais de Cuba. Dirigentes de empresas que fizerem isso estão, inclusive, sujeitos a serem impedidos de receber visto para viajar aos EUA. A justificativa é que o ato “favorece a transição democrát” em Cuba. Traduzindo: cria dificuldades para o governo cubano.
Obama repetiu o que fizeram Bill Clinton e George Bush.
É difícil que um processo de distensão e normalização de relações entre dois países avance se, diante de um gesto de boa-vontade, responda-se com outro de discriminação.
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