Mercado imobiliário - Árvores de terreno são cortadas

Do O Povo.

Árvores de terreno são cortadas

O terreno que abrigava várias árvores amanheceu descampado. Fica no cruzamento das avenidas Santos Dumont com Senador Virgílio Távora

09.03.2011

Antes, terreno era arborizado. Hoje não sobrou uma árvore sequer (MARCUS CAMPOS e TALITA ROCHA, EM 25/11/2010)

Moradores de prédios da Aldeota se assustaram quando viram que todas as árvores do terreno no cruzamento das avenidas Santos Dumont e Senador Virgílio Távora foram derrubadas. O terreno, que mede cerca de 10 mil metros quadrados, foi vendido para o grupo Bspar, do empresário Beto Studart no fim do ano passado. 

Conforme o agrônomo Valdelício Pontes, da Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), o proprietário deve ter uma licença da Regional responsável ou da Semam que autorize a derrubada das árvores. Mesmo em área privada. “Mesmo que não seja na calçada, do muro para dentro, se o proprietário não tiver, ele está passível de ser multado”, atesta.

A assessoria de imprensa da Secretaria Executiva Regional II confirmou que a SER II fez uma fiscalização na área segunda-feira. Foram apresentados o alvará de construção e a licença ambiental, emitidos pela Semam. Nos documentos, havia autorização para supressão de todas as árvores.

A Semam citou que existe uma medida compensatória, como a replantação de outras árvores. Como era feriado, os assessores não puderam ver no sistema qual é a compensação neste caso. As fotos do terreno sem árvores foram feitas do lado de fora do muro.

O POVO tentou contato com o empresário Beto Studart, mas o celular dele estava desligado ou fora da área de cobertura.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Como O POVO mostrou no fim do ano passado, no local devem ser construídas três torres para uso comercial, residencial e hoteleiro. O terreno tem uma área de cerca de 10 mil m2.