Conseguiram enfim empurrar a CPI da Petrobrás, porém os cargos mais importantes, como presidente e relator, foram todos ocupados pela base governistas.
Que enterrem logo essa palhaçada!
Oposição não pega nem resfriado
na CPI da Petrobrás
14/julho/2009 17:06
Depois de inúmeras idas e vindas, a CPI da Petrobrás foi instalada na tarde de hoje no Senado. A investigação, que deverá apurar supostas irregularidades na gestão da estatal, será encabeçada por integrantes da base do governo Lula, que ocuparão os principais cargos.
O senador petista João Pedro (AM) foi escolhido presidente da CPI da Petrobrás por 8 votos. Derrotou o autor do requerimento pela instalação da comissão, Álvaro Dias (PSDB-PR), que obteve apenas 3 votos. João Pedro terá como vice-presidente o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ).
Ao assumir a presidência, João Pedro designou Romero Jucá (PMDB-RR) relator. Com isso, sepultou a intenção da oposição de ocupar um dos cargos principais – presidência ou relatoria.
No início da sessão, os senadores oposicionistas se revezaram na tentativa de convencer os demais integrantes da comissão a escolher um relator da minoria. O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), candidato ao cargo, se propôs a renunciar à relatoria da CPI das ONGs. Disse também que se comprometia a “congelar” a CPI do DNIT. Tudo para obter vaga no comando da CPI da Petrobrás.
Virgílio chegou a dizer que a falta de acordo foi “uma violência” perpetrada pela base governista. Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB, tachou de “medidas extremas”, as declarações de do presidente Lula e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) contrárias à criação da CPI. Já o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), queixou-se que já havia acordo entre oposição e situação para dividir os principais cargos da comissão. Esse acerto teria sido desfeito por interferência do Planalto.
O líder do PT, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), por sua vez, refutou a tese da divisão de cargos. “Isso nunca existiu. Fui minoria durante 25 anos e nunca houve esse tipo de acordo”, disse. “Na época do governo Fernando Henrique Cardoso, a oposição não pegava nem resfriado, quanto mais relatoria de CPI”, disse Mercadante, ao constatar que a situação se repetiu. A oposição hoje não pegou nem resfriado na CPI da Petrobras, que terá sua primeira sessão de trabalho no dia 6 de agosto, após o recesso.
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