A repercussão é grande em torno do acordo feito com Irã, mediado por Brasil e Turquia.
A imprensa golpista insiste em menosprezar. Complexo de barata...
Rússia apóia acordo com Irã. E agora, dona Hillary?
Parece que estão passando a perna na dona Hillary. Segundo a agência de notícias russa Novosti, o chanceler russo Sergei Lavrov afirmou hoje que seu país apoiará “ativamente” o acordo obtido por Brasil e Turquia junto ao Irã como um caminho pacífico para a resolução da questão nuclear iraniana.
A secretária de Estado disse ter o apoio da Rússia e da China para ampliar as sanções contra o Irã, mesmo após o acordo com Brasil e a Turquia ter estabelecido o envio de 1.200 toneladas de urânio de baixo enriquecimento do Irã para a Turquia, que o devolveria como combustível enriquecido a 20% para uso em fins pacíficos.
Lavrov disse que o acordo atende as exigências de uma resolução pacífica para a questão, “e por isso nós faremos todo o possível para implementá-lo”.
A imprensa brasileira, claro, tratou o assunto cde outra forma, destacando uma incerteza russa quanto a a adesão iraniana ao acordo. Lavrov afirmou que se o Irã seguir estritamente suas obrigações no acordo, a Rússia apoiará o esquema proposto por Brasil e Turquia. Uai, e podia ser de outro jeito? Em qualquer acordo, você só o apóia se todas as parte cumprirem o estabelecido.
Tudo indica que o ex-vice-presidente do Conselho de Inteligência da CIA, Graham Fuller, em artigo no Estadão que comentamos aqui na terça-feira, estava certo em seu diagnóstico. “Será que realmente acreditamos que Hillary tenha conquistado o apoio de Rússia e China? Assim como a Teerã não faltaram incentivos para aceitar uma proposta feita por “iguais”, Rússia e China também encontram motivos de sobra para aprovar esta iniciativa de Brasil e Turquia. É verdade que os termos do acordo não são sem importância, mas, para esses países, é muito mais relevante a lenta e inexorável decadência da capacidade americana de ditar os termos da política internacional e de satisfazer seus próprios objetivos. É exatamente essa a meta principal da estratégia russa e chinesa na política externa.”
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