Querem acabar com o que resta de nossos espaços livres e de lazer. Não posso acreditar que essa atitude seja legal.
CAMPO DO AMÉRICA (15/11/2010)
Leilão é motivo de aflição
15/11/2010
Comunidade carente teme ficar sem o único espaço existente para o lazer dos jovens nos fins de semana
No próximo dia primeiro, Fortaleza pode perder uma das suas áreas de lazer mais tradicionais. Nesta data, irá a leilão o Campo do América, localizado no coração da Aldeota, na confluência das ruas José Vilar e Tenente Benévolo. A notícia é motivo de aflição por grande parte dos moradores.
O leilão do terreno, que pertence à União, está marcado para as 10 horas do dia primeiro próximo, na Superintendência do INSS em Fortaleza (Rua Pedro Pereira, 383). Para arrematar uma área de 4.378,15m², o lance inicial é de R$ 6,2 milhões. Os interessados deverão depositar até o dia 30/10, a título de caução, R$ 310 mil.
Há 50 anos, a dona de casa Tereza Miranda Tavares, hoje com 65, chegou da Paraíba para morar no entorno do Campo do América. A notícia do leilão a pegou de surpresa. "Estou sabendo agora através de vocês da imprensa. É uma notícia terrível. Dá vontade de chorar. Criei os meus seis filhos, hoje todos casados, nesse local, brincando nas areias do campo. Como ficarão os jovens da nossa comunidade, que não terão mais onde praticar lazer e estarão sujeitos à marginalidade", indaga.
O desaparecimento do espaço deixará órfãos sete times de futebol amador daquela região da Cidade. "A apreensão é muito grande. Tomei conhecimento hoje (ontem) através do Diário do Nordeste (coluna Comunicado) e desde então já conversei com muitos desportistas. Estamos todos desolados", garante o dono do Francana Esporte Clube, Francisco de Assis Lima.
Segundo ele, somente no projeto idealizado pelo seu time, nada menos do que 100 crianças carentes, a partir dos 13 anos, não terão mais onde treinar. "Há a preocupação de que essa garotada troque no futuro o esporte por atividades nocivas à sociedade. Além do mais, os veteranos que jogam aos sábados também não terão mais o que fazer nos finais de semana".
Um dos 30 moradores que residem no entorno do Campo do América, o aposentado Idelfonso Venâncio, 84 anos, torce para que ninguém arremate o local. "Quando me mudei para cá, em 1941, o campo pertencia ao Vargas Filho. Pouco tempo depois, o América vendeu sua sede na Tibúrcio Cavalcante e se mudou para cá, mudando a denominação do local. A minha esperança é porque tentaram leiloar outras vezes e não deu certo", lembra seu Venâncio.
FERNANDO MAIAREPÓRTER
No próximo dia primeiro, Fortaleza pode perder uma das suas áreas de lazer mais tradicionais. Nesta data, irá a leilão o Campo do América, localizado no coração da Aldeota, na confluência das ruas José Vilar e Tenente Benévolo. A notícia é motivo de aflição por grande parte dos moradores.
O leilão do terreno, que pertence à União, está marcado para as 10 horas do dia primeiro próximo, na Superintendência do INSS em Fortaleza (Rua Pedro Pereira, 383). Para arrematar uma área de 4.378,15m², o lance inicial é de R$ 6,2 milhões. Os interessados deverão depositar até o dia 30/10, a título de caução, R$ 310 mil.
Há 50 anos, a dona de casa Tereza Miranda Tavares, hoje com 65, chegou da Paraíba para morar no entorno do Campo do América. A notícia do leilão a pegou de surpresa. "Estou sabendo agora através de vocês da imprensa. É uma notícia terrível. Dá vontade de chorar. Criei os meus seis filhos, hoje todos casados, nesse local, brincando nas areias do campo. Como ficarão os jovens da nossa comunidade, que não terão mais onde praticar lazer e estarão sujeitos à marginalidade", indaga.
O desaparecimento do espaço deixará órfãos sete times de futebol amador daquela região da Cidade. "A apreensão é muito grande. Tomei conhecimento hoje (ontem) através do Diário do Nordeste (coluna Comunicado) e desde então já conversei com muitos desportistas. Estamos todos desolados", garante o dono do Francana Esporte Clube, Francisco de Assis Lima.
Segundo ele, somente no projeto idealizado pelo seu time, nada menos do que 100 crianças carentes, a partir dos 13 anos, não terão mais onde treinar. "Há a preocupação de que essa garotada troque no futuro o esporte por atividades nocivas à sociedade. Além do mais, os veteranos que jogam aos sábados também não terão mais o que fazer nos finais de semana".
Um dos 30 moradores que residem no entorno do Campo do América, o aposentado Idelfonso Venâncio, 84 anos, torce para que ninguém arremate o local. "Quando me mudei para cá, em 1941, o campo pertencia ao Vargas Filho. Pouco tempo depois, o América vendeu sua sede na Tibúrcio Cavalcante e se mudou para cá, mudando a denominação do local. A minha esperança é porque tentaram leiloar outras vezes e não deu certo", lembra seu Venâncio.
FERNANDO MAIAREPÓRTER
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