terça-feira, 3 de agosto de 2010

A guerra de Serra na quinta é mais difícil que a do São Paulo

Do blog do Menon.

SERRA DESESPERADO
SÃO PAULO, BEM MENOS

Futebol e política reservam duras missões para o São Paulo Futebol Clube e José Serra. A luta do São Paulo tem hora para acabar. No final da quinta-feira, já saberemos se o time conseguiu uma vantagem de dois gols sobre o Inter. Ou se Rogério Ceni foi decisivo uma vez mais e conseguiu a classificação na disputa por pênaltis. Para vencer, o time terá de atacar. Atacar muito e não descuidar lá atrás.

Serra também precisa atacar para conseguir levar a eleição para o segundo turno, por mais que o Datafolha queira que acreditemos em um empate. E, se o São Paulo já sabe que vai atacar com Ricardo Oliveira, Serra optou por escolhas erradas. Vai ao ataque falando em Farcs, Bolívia, narcotráfico... temas que passaram ao largo da população brasileira em 2002 e não parecem ter novo fôlego agora.

Ao optar para falar aos seus – os que antes eram de Maluf – Serra demonstra que está em situação frágil. Tenta segurar seus eleitores. Não pode perder parcela deles – aquela parcela contente com o desempenho econômico do Brasil de Lula – para Dilma. Demitiu Regina Duarte e assumiu ele mesmo o papel de profeta do Apocalipse. Tenta convencer gente que está ganhando dinheiro que o Brasil será invadido por Chavez e Evo, aliados ao pessoal do MST. O mesmo quadro que Collor pintou em 89, dizendo que todo cidadão de bem teria de dividir seu apartamento com nova família.

A idéia do PSDB é segurar o que tem. Pedir para que o sorriso de Aécio garanta alguns votos em Minas. E que no segundo turno, os iludidos com Marina voltem ao seu colo. Não é fácil. Vai entrar no horário político em desvantagem. Tem menos tempo de tv. Não tem discurso. Seus aliados – inclusive Arthur Virgílio, o hidrófobo – estão pulando do barco. Até o palmeirense Serra sabe que a tarefa do São Paulo é mais fácil.

Como diz meu amigo Moacyr dos Santos Lopes Jr. a eleição só vai para o segundo turno se Dilma Roussef comparecer ao debate da Band vestindo a camisa da Argentina e dizer que Maradona foi melhor do que Pelé.

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