quinta-feira, 21 de maio de 2009

Democratização da TV no Brasil também

A respeito do post sobre a Tv dos trabalhadores da Bolívia, vejam aqui, obrigo-me a publicar esta notícia sobre a criação de uma tv para os trabalhadores no município de São Caetano, sancionado por Lula. Vejam aqui.

CUT terá TV

Atualizado e Publicado em 21 de maio de 2009 às 12:51

[18/05/2009]

Vem aí a TV dos trabalhadores

Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região – CUT/SP

do site da CUT

O Diário Oficial da União publicou na quarta-feira, 13, decreto assinado pelo presidente Lula e pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, que outorga concessão de um canal de televisão educativa, no município de São Caetano, à Fundação Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho, entidade que tem como instituidor e mantenedor o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O presidente Lula assinou o decreto durante evento em comemoração aos 50 anos do Sindicato, na noite de terça-feira, 12.

Em abril, portaria assinada pelo ministro das Comunicações concedeu uma rádio comunitária em Mogi das Cruzes à Fundação. As duas concessões precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional.

A Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho foi criada em 10 de setembro de 1991, sem fins lucrativos, para produzir e divulgar programas de conteúdos educativo, cultural, informativo e recreativo, em todo o território nacional. É dirigida por conselho composto por 40 membros, que representam diversas categorias de sindicatos filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), como Metalúrgicos e Químicos do ABC, Bancários de São Paulo e do ABC, Petroleiros, Professores e Jornalistas de São Paulo. O vice-presidente da Fundação, Rafael Marques, está respondendo interinamente pela presidência. O presidente Tarcisio Secoli está licenciado do cargo.

Investir em comunicação, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, é uma das prioridades da direção do Sindicato. Em outubro de 2007, assembléia extraordinária aprovou investimentos de R$ 15 milhões na área de comunicação para os próximos anos. “Levar à população o ponto de vista do trabalhador é uma reivindicação antiga da categoria”, afirmou Sérgio Nobre.

“Universidades e igrejas têm seus canais de televisão. Isso é justo. Só não é justo o trabalhador ficar de fora. Se conseguimos as concessões no governo Lula é porque ele sabe que a causa é justa”, completou o dirigente.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, a TV vem se somar a um grande projeto de comunicação dos trabalhadores. “Criamos a Revista do Brasil, a rádio Brasil Atual e agora, com a TV, damos andamento a um projeto grandioso de comunicação sob o ponto de vista de quem constrói esse país, que são os trabalhadores”, comemora Marcolino. “Na grande imprensa, o espaço reservado para o ponto de vista desse público é muito restrito e com esse projeto queremos ampliar a voz da classe trabalhadora”, completa.

Luta de 21 anos – O primeiro pedido de concessão de canais de rádio e televisão foi feito pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em setembro de 1987. A entidade participou de três concorrências de concessão de radiodifusão e foi preterida em todas, apesar de ter cumprido todos os requisitos exigidos por lei. Em 1992, houve mais uma negativa, à época já em nome da Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho.

Em abril de 2005, a Fundação conseguiu a concessão do canal educativo 46 E, com sede no município de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo), com aprovação do Congresso Nacional. Na ocasião, o presidente Lula assinou o decreto da concessão na abertura do 16º Congresso Continental da Ciosl-Orit (Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres - Organização Regional Interamericana de Trabalhadores), que reuniu representantes das principais centrais sindicais de 29 países das Américas.

No ato, Lula lembrou que era deputado constituinte quando levou o deputado federal e então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Vicentinho (PT), para conversar com o ministro das Comunicações à época, Antônio Carlos Magalhães (governo Sarney), e pedir pela primeira vez a concessão.

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