terça-feira, 20 de abril de 2010

O trator de niterói - ignorância ou arrogância?

O Brizola Neto as vezes se supera. Nunca vi uma analogia tão simples, mas tão bem formulada.
Do tijolaço.

Para quem não lê, escola. Para quem mora mal, trator?

Imagine que um país, durante mais de 20 anos, fechasse todas as escolas públicas. Quem quisesse aprender a ler e escrever que seguisse as leis do mercado, pagando por isso o preço cobrado pelas escolas particulares. Não é difícil imaginar que depois de duas décadas, este país tivesse uma legião de analfabetos, não é?
Aí vem alguém e diz que “ temos que acabar com o analfabetismo”, como se fosse a coisa mais simples do mundo, não apenas alfabetizar as crianças que estavam nascendo e crescendo como também aqueles milhões de adultos analfabetos que se constituíam em um espécie de “dívida” que aquele país tinha acumulado.
Bom, se aparecesse um governante que quisesse isso, ele certamente não ia poder acabar com o analfabetismo em pouco tempo, não é? E não poderia, se tivesse um pouco de humanidade, discriminar ou maltratar quem fosse analfabeto, não é mesmo?
O problema da habitação é mais ou menos assim. Durante mais de 20 anos, desde que acabaram com o BNH – que, com todos os seus defeitos, ainda fazia alguma coisa -, o Brasil não teve nenhuma política pública de habitação. Quem quisesse ter uma casa legalizada, em área urbanizada e segura, que pagasse o preço cobrado no mercado.
E quem não podia pagar, o que fazer?


O trecho acima é o início da coluna dominical que publico no jornal O Povo do Rio e que você pode ler, na íntegra, aqui.

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