sexta-feira, 16 de abril de 2010

A usurpadora

Do tijolaço.
Se esta mulher (Kátia Abreu) for mesmo candidata a vice-presidente, veremos muita propaganda conta o MST. Prepare seu estômago!
O bom é que parece que a direita não tem força pra muita coisa nessas eleições.
A imprensa golpista terá que se desdobrar.

O que Katião nem a TV irão mostrar

Desde o massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, quando 19 sem-terra foram assassinados, 440 pessoas morreram em conflitos no campo

Ontem falei aqui da campanha de comerciais de televisão contra o Movimento dos Sem-Terra que a senadora demo-ruralista Kátia Abreu vai pagar para ir ao ar. Certamente, ela não vai tratar do relatório divulgado nesta quinta-feira pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), que aponta o aumento da violência no campo.

Quando os sem-terra chegam ao limite da paciência na luta por uma área destinada à reforma agrária e destroem alguns pés de laranja, o mundo vem abaixo. A notícia é destaque em todos os noticiários e criminaliza o mais atuante movimento social do país.

Mas quando se revela que a violência no meio rural brasileiro cresceu, inclusive com aumento de pessoas torturadas, e que o número de famílias despejadas subiu 36,5% em 2009, a mídia não se escandaliza e nem joga os mesmos holofotes.

A remoção tão em voga agora no Rio de Janeiro após a tragédia das chuvas é prática corrente no campo brasileiro. O relatório da CPT, órgão da Igreja católica que a senadora e fazendeira Kátia Abreu deve considerar um reduto de comunistas, mostra que 1.884 famílias foram expulsas de suas terras, e que as famílias despejadas de acampamentos passaram de 9.077 para 12.388.

Segundo a CPT, também aumentou o número de casas e roças destruídas e 9.031 famílias foram ameaçadas pela ação de pistoleiros. Os números falam por si e revelam o faroeste que é o meio rural brasileiro. As principais vítimas da violência são os sem-terra, pequenos agricultores e quilombolas.

Gente simples e humilde que não merece a mesma consideração que os pés de laranja do agronegócio.

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