quinta-feira, 25 de junho de 2009

A democracia iraniana

Enfim o golpe no Irã deve amenizar. Vejam o texto reproduzido no vi o mundo.

O que realmente aconteceu na re-eleição do Irã?

Atualizado em 25 de junho de 2009 às 17:13 | Publicado em 25 de junho de 2009 às 11:27

Examinando os números: O que realmente aconteceu na re-eleição do Irã?

por Esam Al-Amin, Counterpunch

Tradução: Caia Fittipaldi

Depois das eleições de 12/6 no Irã, começaram a brotar 'especialistas' em Irã, como bactérias em placa de Petri. Então... lá vai um teste, para esses especialistas instantâneos. Que país, dentre os grandes, elegeu maior número de presidentes em todo o planeta, desde 1980? Outro teste: que nação é a única que elegeu dez presidentes, ao longo dos primeiros 30 anos depois de ter feito revolução democrática?

Nos dois casos, a resposta certa é: o Irã. Desde 1980, o Irã elegeu seis presidentes; os EUA, só cinco; a França, parcos três. Nas três primeiras décadas de vida da revolução Irãiana, houve dez eleições presidenciais no Irã; nos trinta primeiros anos da Revolução norte-americana, houve quatro eleições presidenciais; no Irã, dez.

As eleições iranianas uniram esquerda e direita ocidentais, numa mesma onda frenética de críticas e ataques, de políticos 'ultrajados' e da mídia corporativa 'indignada'. Fenômeno até agora raro, também a blogosfera cerrou fileiras de opinião absolutamente uniformizada – e favorável à oposição iraniana.

De fato, todas as 'acusações' de fraude foram 'declarações', sem qualquer confirmação. Até agora, ninguém apresentou qquer fiapo de evidência de qualquer tipo de fraude nas eleições Irãianas. E, isso, sem considerar que seria preciso provar fraude em enormíssima escala, a ponto de ter feito sumir 11 milhões de votos de diferença entre o candidato eleito e o candidato derrotado.

Analisemos, então, o que haja de evidências, até agora.

Antes das eleições, houve mais de 30 pesquisas de intenção de votos, desde que os dois principais aspirantes à presidência – o presidente Máhmude Ahmadinejad e o ex-primeiro-ministro Mir Hossein Mousavi – oficializaram suas candidaturas, em março de 2009. Os resultados variaram, é claro; e várias das empresas que patrocinaram essas pesquisas – por exemplo, Iranian Labor News Agency e Tabnak – não fizeram segredo de que apoiavam Mousavi, candidato de oposição, ou seu chamado "movimento por reformas". Muitas pesquisas foram visivelmente manipuladas e em algumas delas Mousavi aparecia com vantagem absolutamente inverossível de mais de 30% dos votos. Excluídas essas pesquisas que confessadamente só tiveram função de propaganda, a vantagem a favor de Ahmadinejad chegava, em média, a cerca de 21 pontos. Jamais, em nenhuma das pesquisas, surgiu sequer alguma possibilidade de as eleições chegarem a ter 2º turno (previsto, é claro, na legislação iraniana).

Por outro lado, houve apenas uma pesquisa feita por empresa ocidental, encomendada pelas redes BBC e ABC News, e realizada por instituto independente, o Center for Public Opinion (CPO) da New America Foundation. The CPO é empresa bem conceituada, não apenas no Irã, mas em todo o mundo muçulmano desde 2005. Essa pesquisa, realizada poucas semanas antes das eleições, previu comparecimento às urnas de 89% dos eleitores. Além disso, mostrou que Ahmadinejad estava em vantagem de 2 para um votos, à frente de Mousavi.

Que relações há entre esses números de pesquisa e os resultados divulgados? E que possibilidade há de ter havido fraude em grande escala?


Veja a matéria completa, aqui.

Um comentário:

  1. Guilherme, enquanto houver alguem no mundo para cuidar do visinho, sem boas inteções, teremos muitas guerras sem explicações.

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