sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A decadência da Globo

Do Palavras Diversas.

Globo e você: quase a nada a ver(?) A resposta da audiência carioca

O poder do controle remoto e a resistência à desinformação Global andam juntas?

Afirmar que escolha política e audiência da TV possam estar interligadas em causa e efeito, é algo muito complexo para a simples construção de uma frase de efeito...Deixemos para a mídia conservadora o ofício que executam com devoção e parcialidades "comoventes".

Mas é possível observar movimentos claros de resistência ao discurso midiático por parte da audiência.  O poder do controle remoto está se revelando uma censura às manobras editoriais da Globo ou uma perda de identidade e de valores assimilados, por parte da audiência? Globo e você: quase a nada a ver?

No último domingo, dia cinco de setembro, aconteceu no Rio de Janeiro um fato histórico na disputa pela audiência: A Record venceu a Globo, segundo dados prévios do Ibope* (ilustração abaixo) no horário das 7h às 0h.  Algo que, na história recente da televisão desse país não havia ocorrido na segunda maior cidade brasileira: a Globo nunca perdera "em casa", confiram os dados abaixo:




Antes, em agosto, a Globo já havia sido derrotada pela mesma Record na cidade de Belém do Pará, uma metrópole regional, confira abaixo os números do Ibope:




A derrota da Globo e de seu monopólio do entretenimento não se configura, necessariamente, em uma torcida pela principal emissora concorrente, nem se deve crer em uma disputa partidarizada distinta de ambas na busca por audiência, ou na tentativa de influir nas decisões nacionais e regionais com apostas diferentes.
A observação do fenômeno expressa, em um primeiro momento, a possibilidade de coexistirem pontos de vistas distintos, opções diferentes, diversidade, ao menos na escolha e tudo isso possa ser amplificado na afinidade do pensamento político e escolhas eleitorais diversas ao alcance das pessoas na programação vigente. 

A Globo (sempre) se notabilizou por jogar pesado na "formação de opinião pública" favorável aos seus próprios interesses e de seus apoiadores/apoiados.   
A perda de prestígio, representado pela queda na audiência, junto às pessoas traz um alento na construção de uma programação diversa e local, descontruindo um modelo de pensamentos unificados, que privilegia o centro em detrimento das perifierias, visto de cima para baixo.  A desorganização das verdades universais, a vitória sobre o gigante pode ser mais promissora e sustentável se construída nesses termos, formando uma nova geração de audiência que contemple estes outros horizontes.
Por enquanto não há uma derrota iminente à curto prazo, mas um cenário renovador, com o fim do "monopólio da informação e do entretenimento", com uma programação com mais vozes ativas e, de preferência, dissonantes em muitas questões de interesse público.
O controle remoto parece estar a pleno vapor em suas funcionalidades, as pessoas não parecem mais dispostas a corroborar com os discursos predominates da Globo só por assistirem sua programação, já perceberam que exsitem outras opções viáveis de informação e entretenimento ao alcance de todos.


Leia também: JB dá um passa-fora em preposto das organizaçoes Globo, clique aqui.

2 comentários:

  1. É trocar 6 por meia duzia.Pois a record é um lixo e só se mantém atravez do furto do dinheiro dos pobres que vão em suas igrejas.

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  2. Concordo em parte, mas serve pra pôr um freio no jornalismo partidário.

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