180 anos de nascimento de Antônio Conselheiro. O ABC do Conselheiro.
O ABC do Conselheiro
(Audifax Rios)
Antonio Mendes Maciel,
Dito Santo Conselheiro,
É de Quixeramobim,
Varão de um clã guerreiro,
Foi sábio e bom professor,
Cristão pacato e ordeiro;
Caso pessoal o levou
A longínquos paradeiros.
[...] Conselheiro foi o nome
Com que o povo batizou
Aquele homem simplório
(Na santa pia do amor
Da fé e fraternidade
Na alegria e na dor)
Que pregava a crença em Deus;
Lealdade ao Imperador. [...]
[...] Zumbido de bala e raio,
As águas tudo calou.
De Canudos nada resta.
Só a história ficou.
(Triste e negra como a peste
Que esta guerra provocou).
E o símbolo Conselheiro
Que veio, foi e ficou.
No dia 13 de março de 2010, foi comemorado os 180 anos de nascimento de Antônio Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, cearense de Quixeramobim fundador da comunidade de Belo Monte em Canudos,na região do Raso da Catarina, Sertão da Bahia.
Passados cento e doze anos do massacre de Canudos, imortalizado no livro “Os Sertões” de Euclydes da Cunha, o nome de Antônio Conselheiro até hoje permanece como uma lenda no imaginário popular. Sua saga é contada em dezenas de livros e é tema recorrente dos autores de literatura de cordel.
Em comemoração ao nascimento do fundador de Canudos, foram realizados vários eventos, em Quixeramobim, cidade natal do beato, localizada no sertão central do Ceará e em Fortaleza, capital do Ceará. Ainda em homenagem à data, a Assembléia Legislativa do Estado do Ceará inaugurou, no último dia 13, a exposição “Decálogo do Santo Guerreiro”, de Audifax Rios, que conta a trajetória do homem mítico e idealizador do Arraial de Canudos.
Em entrevista ao Jornal O Povo, O poeta e artista plástico, Audifax Rios afirma: “Antônio Conselheiro não era nem o desinformado - o burrão que a direita sempre pintou, nem o marxista revolucionário descrito pela esquerda". E continua o autor do Cordel apresentado no início deste post: “Antônio Conselheiro era um guerreiro obrigado, já que a guerra o procurou, e era considerado um santo por seus seguidores, que inclusive o chamavam assim”.
Construído, em 1893, o arraial de Canudos chegou a reunir 25 mil moradores, a maioria, sertanejos descontentes com a exploração nos latifundiários, que encontraram no beato um líder espiritual e carismático.
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