segunda-feira, 8 de março de 2010

Fortaleza: uma cidade vulnerável

Do IAB-CE Virtual.

Fortaleza: uma cidade vulnerável
Na realidade um dos maiores entraves à admistração de Fortaleza e também para a definição de uma visão de futuro adequada à nossa cidade é a ausencia de um sistema de planejamento de gestão urbana. Ao se extinguir o organismo de planejamento municipa, que existia desde a década de 70, o IPLAM/ Instituto de Planejamento Municipal, no ambito de uma das várias reformas administrativas, a Prefeitura Municipal de Fortaleza, "jogou na lata de lixo", a memória urbanística da cidade, a trajetória de proposições que existia desde a década de 30, quando da elaboração do primeiro plano diretor municipal, elaborado pelo Professor/ Arquiteto Nestor Figueredo e as subsequentes proposições que se seguiram a esta e com isto abriu mão de definir diretrizes de desenvolvimento ao território municipal.

Assim, ao propositadamente ignorar quaisquer registros de demandas da dinamica urbana, "enterrou-se em cova profunda" as várias visões de futuro existentes em cada época, compostas no decorrer destes 80 anos e até os dias presentes. Passamos a ser uma cidade sem passado, sem presente e sem futuro: uma cidade vulnerável, administrada de acordo com a máxima exposta por um de seus últimos gestores, que sempre propugnava "planejar fazendo e fazer planejando".

Por outro lado, embora fossemos também o polo principal de uma das maiores regiões metropolitanas brasileiras, o Estado do Ceará, tomou a decisão de também extinguir a entidade do planejamento metropolitano, a AUMEF/ Autarquia Metropolitana de Fortaleza, nos colocando em uma dupla situação de acefalia: não temos um sistema planejamento urbano e gestão, no ambito municipal e muito menos um sistema de planejamento metropolitano.

Nós somos, desta forma, a única grande cidade brasileira, uma das 100 maiores cidades em todo o mundo - com posição destacada nesta listagem - e ao mesmo tempo a única sede de região metropolitana que ignoram ambas as situações esta necessidade estrutural contemporanea e nos colocam na contramão da História, nos tornando realmente um "caso de estudos" notável, ao contrário.

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